A indústria de calçados Grendene anunciou na tarde desta quinta-feira (30), que vai ampliar sua fábrica no Crato, com previsão de implantação para 2022. A solenidade contou com as presenças do governador Camilo Santana e da vice-governadora Izolda Cela. O Ceará é, atualmente, o segundo maior empregador da cadeia calçadista do Brasil e o primeiro da região Nordeste. Com a ampliação, será utilizada uma área de 10.800m² e serão investidos R$30 milhões. A expansão da empresa deve gerar 1.000 novos empregos até 2023 e mais 500 até 2025. A ampliação será feita para aumentar a capacidade mensal da empresa de produzir 500 mil calçados, palmilhas, entressolas e solados em E.V.A.
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Camilo Santana comemorou a notícia da ampliação da fábrica e destacou a importância da ação para a geração de novos postos de trabalho. “A Grendene vai praticamente dobrar sua capacidade. Estava conversando com o Pedro (Grendene) e a meta é estar com o galpão pronto já em 2022. Ela vai gerar mil empregos na primeira fase e depois mais 500. Isso significa oportunidade e emprego para as pessoas, e é o que mais estamos trabalhando e querendo neste momento para o Ceará. Não tenho dúvida que aqui vai gerar muitas oportunidades para outras pessoas terem a dignidade de ter um trabalho e levar o sustento de suas famílias”, afirmou o governador.
A empresa está projetando que, juntando as unidades de Crato e Sobral, haverá uma produção anual de calçados, somente de uma de suas marcas, de aproximadamente 3,2 milhões de pares. Pedro Grendene, vice-presidente do Conselho de Administração da empresa, reconheceu a ajuda dos colaboradores para fazer com que chegassem a este momento, lembrando também a parceria do Estado.
“No ano em que a Grendene comemora seus 50 anos, queria dizer aos nossos colaboradores que sem eles nada do que a gente está fazendo aqui seria possível. São essas pessoas que queremos homenagear aqui. Ao mesmo tempo, não posso deixar de agradecer ao Governo do Ceará que há tantos anos nos apoia e que hoje, na pessoa do governador Camilo Santana, não tem medido esforços para ajudar a população e as indústrias”, enfatizou. Pedro reforçou o compromisso com o desenvolvimento econômico local. “Temos a felicidade de poder estar aqui hoje comemorando esses 50 anos e dobrando a fábrica do Crato, feita por cearenses, desenvolvida pelo nosso pessoal daqui do Ceará, seguramente construída pelas construtoras daqui, que vai empregar pessoas daqui e seguramente vai ajudar a desenvolver esse estado”, disse.
A empresa
A Grendene é uma indústria calçadista que atua no Ceará desde 1990, quando sua unidade matriz foi instalada em Sobral e posteriormente abrindo filiais em Fortaleza e Crato. Além dos parques industriais em solo cearense, a empresa possui fábricas em Farroupilha-RS e Teixeira de Freitas-BA. Há ainda três lojas conceito da Melissa em São Paulo, Nova Iorque e Londres.
No Ceará, dentro de cinco anos, a Grendene espera gerar mais de 8,3 mil novos postos de trabalho, saindo dos atuais 14.538 para 22.910 empregos diretos, sendo 6.500 em Sobral, 1.500 no Crato e cerca de 372 em Fortaleza. Essa expectativa é gerada a partir do planejamento da empresa de investir, até 2025, R$ 200 milhões em Sobral, R$ 65 milhões em Crato e R$ 24 milhões em Fortaleza, totalizando R$ 289 milhões.
Mercado de trabalho
Enquanto aguarda a conclusão das obras de ampliação da Grendene, o mercado de trabalho no Cariri, impulsionado pelo turismo religioso que é aquecido entre os meses de setembro e outubro e ajuda a fomentar a geração de empregos formais a partir do desenvolvimento do comércio, serviços e indústria, o Cariri deve chegar a 1.200 novos postos de trabalho até o fim deste ano. A estimativa é feita pela unidade de atendimento em Juazeiro do Norte, do Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT).
Durante a solenidade, o secretário Maia Júnior aproveitou para dar uma boa notícia sobre a geração de empregos no estado, que está prestes a ultrapassar uma das melhores médias das últimas duas décadas. “O maior número de empregos do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), desde 2004, foi em 2008, com 64 mil empregos gerados no ano inteiro. Ontem, recebemos a ótima notícia de que o Ceará, além de ser o segundo maior gerador de empregos no Nordeste, chegou à soma, já no mês de agosto, de 62 mil empregos”, informou Maia.
De acordo com dados da base de gestão do Ministério da Economia, em 2020, em plena pandemia, o IDT captou 1.908 vagas de emprego nas empresas do Cariri. No mesmo período, 22.651 pessoas foram atendidas pela unidade de Juazeiro do Norte, resultando em 819 colocações no mercado de trabalho. Com a economia em processo de recuperação mediante a contenção da Covid-19 pela cobertura vacinal no estado, somente neste ano, o IDT/SINE atendeu a 26.912 trabalhadores na região. De janeiro a agosto, 3.131 vagas foram captadas com destaque para os setores de serviços, com 2.246 pedidos, seguido pelo comércio (339), a indústria (330) e a construção civil (252).