Depois de uma faxina daquelas, sentir a casa limpa e perfumada traz conforto e uma sensação de dever cumprido. Mas nem sempre as coisas nem sempre são como parecem: embora tudo esteja aparentemente limpinho e sem sujeira à vista, ainda existem alguns itens bem sujos.
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Alguns deles, inclusive, passam desapercebidos, pois são usados justamente para limpar o lar. E não dar a devida atenção para a troca e higienização desses produtos pode até trazer complicações aos moradores, como contaminações.
Pensando nisso, ouvimos o biomédico Roberto Martins Figueiredo, mais conhecido como Dr. Bactéria, para listar quais são os cinco itens mais sujos da casa. De quebra, o especialista explica como limpá-los, a frequência para realizar a higienização e a substituição, bem como os cuidados necessários.
A seguir, confira o ranking dos maiores vilões da faxina:
• 1° lugar: esponja de lavar louça
“Trata-se do objeto mais contaminado da casa, porque reúne água, restos de alimento, sendo esconderijo perfeito para qualquer micro-organismo, qualquer germe, que adora ficar em um local desses”, diz o biomédico.
Sem contar que o item é um causador de contaminação cruzada. Pode, por exemplo, levar a salmonella de um frango para outros utensílios, no papel de vetor.
Como limpar: É possível desinfetar diariamente a esponja em uma solução de três colheres de sopa de água sanitária para um litro de água, deixando-a lá por 10 minutos. Outra opção é fervê-la por três minutos ou, ainda, lavá-la, envolvê-la no papel-toalha e colocar no micro-ondas por dois minutos. Ainda assim, sua vida útil não deve passar de uma semana.
Entretanto, o especialista avalia que dificilmente as pessoas vão ter esse hábito de desinfecção e, por isso, ele recomenda esponjas que se autodesinfetam.
São aquelas que têm íons de prata, que matam bactérias. Se você pegar uma esponja comum depois de dois ou três dias, ela tem um cheiro ‘nojento’, e essa de prata praticamente não cheira”
Independentemente do tipo, a vida útil de uma esponja não muda: só deve ser usada por uma semana, no máximo. E nada de revivê-la em outro cômodo, viu? O Dr. Bactéria lembra que é necessário descartá-la e não usá-la em nenhum outro espaço do lar, pois isso facilita a transferência de vírus e bactérias de um lugar para o outro.
• 2° lugar: paninhos da pia
A medalha de prata entre os sujinhos da casa vai para um produto que parece ser inofensivo, devido à grande utilidade: os panos usados para secar a pia após lavar a louça, também conhecidos por “paninhos de mão”.
De acordo com o profissional, esse item tem muito mais bactérias que um vaso sanitário público e um banheiro como um todo.
“Ele nunca deve ser colocado na beira de uma pia ou atrás de um fogão ou da geladeira para secar, assim como não deve ser utilizado para enxugar louça. Também não pode ser adotado para enxugar as mãos. Depois de usado, precisa ser colocado no escorredor e deixado para secar no ambiente, e ser desinfetado antes de ser lavado com outras peças”, observa Dr. Bactéria.
Como limpar: Segundo o biomédico, se o paninho branco, é possível deixá-lo por 10 minutos numa solução de duas colheres de sopa de água sanitária por litro de água. Mas se for colorido, basta deixar pelo mesmo tempo em qualquer desinfetante, desde que puro (ou seja, sem diluir na água). Depois, é necessário enxaguar bem e, aí, sim, colocar na máquina de lavar.
• 3° lugar: celular
É claro que os smartphones não estariam de fora dessa lista. O motivo? O celular tem acompanhado seus usuários em tudo: do carinho no pet à ida ao banheiro. Para evitar ainda mais contaminação, é primordial não emprestá-lo, sobretudo pensando em vírus respiratórios e infecções de pele e garganta.
Como limpar: O biomédico ressalta que o processo de limpeza deve ser feito diariamente e basta usar o álcool isopropílico.
“Tire a capinha, pois o álcool não pode entrar em contato com a borracha, pegue um lenço de papel, umedeça levemente e passe. Nunca jogue álcool diretamente em cima do aparelho”, diz.
“Você não mata os germes por afogamento, mas por contato”, brinca Dr. Bactéria.
Já para as capinhas de borracha, ele afirma que lavá-las na pia com água e sabão é suficiente.
• 4° lugar: notebooks, computadores, tablets e mouses
Item de primeira necessidade para uma boa parcela dos trabalhadores, a justificativa é bem simples: os equipamentos são usados com muita frequência e, muitas vezes, compartilhados.
“Uma pessoa com gripe, resfriado, covid-19, sarampo e outras infecções pode passar esses vírus para outras através desses itens. O vírus pode ficar nas teclas ou no mouse e ser transmitido para outra pessoa que, inadvertidamente, pode comer no local ou passar a mão no rosto, contaminando-se”, alerta o Dr. Bactéria.
Como limpar: Para garantir um uso seguro, o profissional indica que a limpeza seja feita com álcool isopropílico, fácil de ser encontrado no comércio on-line. Aplicar em um paninho umedecido, uma vez na semana, é suficiente para deixar as superfícies limpas. Além disso, usar o secador no modo frio de ventilação é útil para retirar as poeiras das teclas.
• 5° lugar: sapatos
Um bom hábito herdado (ou, pelo menos, reforçado) da pandemia é tirar os calçados antes de entrar em casa — afinal, não faz sentido trazer a sujeira da rua para o lar enquanto se luta contra o vírus. Só essa questão já justifica a prática, mas a verdade é que os sapatos ocupam uma posição alta no pódio da sujidade.
“Fora de casa, tem cocô de pombo, de cachorro, óleo de gasolina, terra, poeira, muita sujeira. E as pessoas pisam e trazem isso para dentro de casa”, pontua o Dr. Bactéria. Por essas razões, o uso do capacho na porta de entrada é quase obrigatório.
Só a presença dele já retira 80% da contaminação que vem de fora e é trazida para dentro”
Como limpar: Obviamente, os sapatos não são o tipo de item que pode ter seu uso dispensado, portanto, o grande truque é saber limpá-los corretamente de modo a evitar contaminações. Segundo o biomédico, colocar uma colherzinha de bicarbonato de sódio dentro do calçado já é de grande ajuda — até mesmo para evitar o mau odor. Além disso, é bom não usar o mesmo modelo por dois dias consecutivos.
Os cuidados precisam ser maiores dependendo de onde o morador transitou. “Se a pessoa foi ao hospital ou ao cemitério, obrigatoriamente estes sapatos têm que ser levados até a lavanderia da casa. Aí, eu indico pegar um desinfetante na forma de spray e desinfetar, jogando-o diretamente na sola”, ensina Roberto.
Fonte: Nossa/UOL