Dizem que ainda faltam lugares do mundo a serem descobertos e explorados — que o digam as cavernas e os ambientes marinhos.
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Mas nem tudo o que já foi mapeado até hoje está, de fato, ao alcance da humanidade, muito menos aberto à visita pública.
Da isolada Islândia ao deserto de Nevada, nos Estados Unidos, alguns endereços são para poucos, inclusive no Brasil, onde uma ilha infestada de serpentes mortais na Baixada Santista só tem acesso permitido a (corajosos) pesquisadores.
Surtsey
Islândia
Essa ilha a 32 quilômetros da costa sul do país é um dos locais mais jovens do planeta, surgida de uma erupção vulcânica.
Por ser um laboratório natural intacto e protegido desde que emergiu em 1963, Surtsey tem acesso altamente controlado, permitido apenas para pesquisadores.
Esse Patrimônio da Humanidade pela UNESCO é um importante local de estudo sobre o desenvolvimento natural de uma ilha, cujas primeiras plantas brotaram dois anos depois da formação da ilha.
Sentinela do Norte
Índia
Rodeada por recifes de coral e coberta por florestas, essa ilha do arquipélago de Andamão, no oceano Índico, seria um destino perfeito para férias não fosse por um detalhe.
O local é habitado por um grupo indígena extremamente intolerante ao contato com outras pessoas, o que faz dos sentineleses um dos últimos povos isolados do mundo.
As expedições de contato, todas sem sucesso, são registradas pelo menos desde o final do século 19 e foram recebidas com ataque de flechas por locais hostis.
Área 51
Estados Unidos
Essa área ultrassecreta em Nevada é um destacamento remoto da Força Aérea dos EUA, no oeste do país, erguido supostamente para o desenvolvimento de aeronaves de alta tecnologia.
Ao longo dos anos, o desconhecimento de sua real função é responsável pelos inúmeros boatos criados ao redor dessa área criada durante a Guerra Fria, em 1955, porém reconhecida pela CIA quase 60 anos depois.
O acesso terrestre e os sobrevoos na região estão proibidos, o que já gerou diversas teorias de que o local seria área de pouso de espaçonaves e estudos de corpos de alienígenas.
Arquivos Secretos
Vaticano
Embora o Papa Francisco tenha retirado, recentemente, a palavra “secreto” do título, os Arquivos Apostólicos do Vaticano continuam restritos à visita de poucas pessoas, sobretudo pesquisadores, que devem enviar uma solicitação de acesso.
Localizado no menor estado soberano do mundo, ao lado do Museu do Vaticano, o local guarda documentos papais e curiais dos últimos doze séculos, como cartas, documentos administrativos do Vaticano e processos, como o julgamento contra o cientista Galileu Galilei, que defendeu a teoria de que a Terra não era o centro do universo.
O arquivo tem mais de 85 quilômetros lineares de prateleiras e abriga um bunker de concreto de dois andares sob o Vaticano.
Poveglia
Itália
Localizada na região de Veneza, no norte da Itália, essa ilha abandonada é considerada um dos locais mais assustadores do mundo.
A partir do século 18, a ilha serviu de local de quarentena de pessoas com doenças infecciosas e, mais tarde, como hospital psiquiátrico e asilo.
Fechada para visita desde 1968 e com a mobília da época ainda no local, Poveglia ficou conhecida pelos relatos de aparições de fantasmas de pessoas que morreram no local.
Ilha da Queimada Grande
Itanhaém, São Paulo
A 35 quilômetros da costa, a Ilha das Cobras, como é mais conhecida, é habitat da temida jararaca ilhoa.
De acordo com o ICMBio, são 2 mil exemplares, algo em torno de uma serpente a cada 300 metros. Sem predadores naturais, esses animais desenvolveram a habilidade de subir em árvores para caçar as aves migratórias que visitam o local.
Embora seja uma das mais perigosas do mundo, devido à potência de seu veneno, a jararaca ilhoa é uma espécie ameaçada de extinção e só pode ser encontrada nessa ilha do litoral paulista, na Baixada Santista.
Apenas pesquisadores e servidores desembarcam na ilha para trabalhos de monitoramento, atividade de alto risco por conta da dificuldade de resgate em caso de picada e pelas dificuldades de desembarque, pois o local não conta com nenhuma praia ou enseada.
A origem do nome da ilha é uma referência à época em que se colocava fogo em sua vegetação na tentativa de afugentar esses animais.
Trindade e Martim Vaz
Vitória, Espírito Santo
O destino mais distante do território brasileiro é um hotspot de biodiversidade do Oceano Atlântico, uma das maiores taxas de diversidade de espécies entre todas as suas ilhas oceânicas e habitat de aves endêmicas como a fragata-de-Trindade e a fragata-grande.
Esse arquipélago de mais de 40 mil hectares faz parte de uma formação única no mundo, uma cordilheira montanhosa com mais de mil quilômetros de extensão, entre a costa central do Brasil, a Ilha da Trindade e o arquipélago Martin Vaz.
Ocupada por brasileiros como base de apoio nas 1ª e 2ª guerras mundiais, Trindade é o único pedaço de terra habitado e, desde a década de 50, abriga o Posto Oceanográfico da Ilha da Trindade, onde a Marinha garante sua posse efetiva para o Brasil.
Atol das Rocas
Brasil
Esse anel de recifes na boca de um vulcão submerso fica a cerca de 20 horas de barco de Natal (RN) e a quase 150 quilômetros do arquipélago de Fernando de Noronha.
Primeira Reserva Biológica Marinha do Brasil e único atol em todo o Atlântico Sul, Rocas só pode ser visitado por pesquisadores e fiscais ambientais, cuja estadia é na estação científica que fica em uma das únicas duas ilhas do atol.
Com fiscalização permanente, esse Patrimônio Natural Mundial pela Unesco abriga a maior colônia de aves marinhas e um dos mais importantes berçários da biodiversidade do Brasil.
Com mar de condições invocadas e palco de diversos naufrágios, a região do atol não permite a pesca ou a exploração do turismo.
Fonte: Nossa/UOL