O Brasil é famoso por sua rica biodiversidade e variedade de frutas tropicais, que são apreciadas por sua diversidade de sabores e benefícios nutricionais. No entanto, assim como em qualquer ecossistema, também existem frutas que podem apresentar riscos à saúde humana.
Curta, siga e se inscreva nas nossas redes sociais:
Facebook | Twitter | Instagram | YouTube | Koo
Sugira uma reportagem. Mande uma mensagem para o nosso WhatsApp.
Entre no canal do Revista Cariri no Telegram e veja as principais notícias do dia.
A maioria das pessoas associa frutas a saúde e nutrição, uma vez que elas são repletas de vitaminas, fibras e antioxidantes essenciais para o nosso bem-estar. No entanto, o mundo natural também possui suas surpresas sombrias, e algumas frutas, apesar de sua aparência tentadora, escondem potenciais perigos que vão além do seu sabor doce e suculento. Vamos explorar o lado menos conhecido de algumas frutas que podem representar riscos à saúde e, em casos extremos, até mesmo ameaçar a vida.
1. Ackee (Blighia sapida)
Originária da África Ocidental, a ackee é a fruta nacional da Jamaica. Embora seja uma iguaria local quando cozida, a ackee crua contém toxinas, incluindo hipoglicina, que pode causar uma condição conhecida como “doença da fruta de vômito”. Isso pode levar a sintomas graves, como náuseas, vômitos, convulsões e, em casos extremos, coma ou morte.
2. Manchineel (Hippomane mancinella)
Comumente chamada de “árvore da morte”, a manchineel produz pequenas frutas que se assemelham a maçãs verdes. No entanto, todas as partes desta árvore são venenosas. A seiva da manchineel é particularmente perigosa, causando queimaduras graves na pele e até cegueira se entrar em contato com os olhos.
3. Dendrocnide moroides
Também conhecida como “stinging tree” na Austrália, a dendrocnide moroides produz frutas cobertas por pelos finos e venenosos. Quando tocada, essa fruta pode causar dor excruciante que pode durar semanas. A substância venenosa pode ser tão potente que alguns relatos mencionam casos em que animais cometeram suicídio após entrar em contato com a planta.
4. Fruta-porco (Sicana odorifera)
Encontrada principalmente na Austrália, a fruta-porco recebe esse nome curioso porque costumava ser consumida por porcos selvagens. Embora pareça apetitosa, a fruta contém toxinas que podem causar uma condição conhecida como “intoxicação por Cucurbitacina”, que provoca sintomas como vômitos, diarreia e, em casos graves, insuficiência renal.
5. Sapo-de-chifres (Cerbera odollam)
Encontrada principalmente em regiões tropicais da Ásia e da Índia, essa fruta possui sementes venenosas que contêm glicosídeos cardíacos. Essas substâncias podem levar a sintomas como batimentos cardíacos irregulares, pressão arterial baixa e, em casos extremos, parada cardíaca.
6. Maçã de Sodoma (Calotropis procera)
Também conhecida como “maçã-de-lobo”, essa fruta é nativa de áreas tropicais e subtropicais. Tanto a planta quanto suas frutas contêm toxinas que podem causar problemas gastrointestinais, como vômitos e diarreia. Em casos graves, a ingestão pode levar a problemas cardíacos e neurológicos.
7. Maracujá-de-caatinga (Passiflora cincinnata)
Encontrado no Brasil, esse maracujá contém substâncias tóxicas em suas sementes. A ingestão dessas sementes em grandes quantidades pode causar sintomas neurológicos e gastrointestinais, como confusão, convulsões e vômitos.
8. Cherimólia (Annona cherimola)
Embora seja uma fruta deliciosa, a cherimólia contém compostos que, em grandes quantidades, podem levar a distúrbios neurológicos. Há relatos de que certos alcaloides presentes na fruta têm efeitos semelhantes aos da dopamina em excesso, causando sintomas como ataxia e movimentos involuntários.
Em suma, embora a maioria das frutas seja benéfica para a saúde, é importante estar ciente de que algumas espécies carregam riscos potenciais. Sempre é aconselhável evitar o consumo de frutas selvagens ou desconhecidas, especialmente quando se está em regiões tropicais ou desconhecidas. A natureza, embora maravilhosa, também pode ser imprevisível, e é crucial respeitar e compreender os riscos associados a diferentes plantas e frutas em todo o mundo.
Por Heloísa Mendelshon