Comemorado em 25 de dezembro, o Natal celebra o nascimento de Jesus Cristo e é marcado por tradições que atravessam séculos. Embora amplamente associado à fé cristã, a escolha da data e suas origens têm sido tema de debate entre estudiosos, que sugerem possíveis vínculos com festividades pagãs.
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Origens e teorias sobre a data
Embora a Bíblia não mencione a data exata do nascimento de Jesus, historiadores acreditam que o dia 25 de dezembro foi escolhido pela Igreja Católica no século IV. A data pode ter sido uma resposta estratégica para substituir celebrações pagãs populares, como as dedicadas ao deus Sol Invictus, Mitras ou Saturnália, realizadas na Roma Antiga.
Alguns registros indicam que o primeiro vínculo da data com o nascimento de Cristo foi feito por Sextus Julius Africanus, historiador romano do século II. Já no século IV, o papa Júlio I teria oficializado a data como a celebração do nascimento de Jesus. O primeiro registro formal do Natal consta no Cronógrafo de 354, um calendário romano elaborado por Fúrio Dionísio Filócalo.
Por outro lado, há pesquisadores que questionam a relação entre o Natal e as festividades pagãs, apontando que estas não eram, necessariamente, celebradas em 25 de dezembro. A Saturnália, por exemplo, ocorria entre 17 e 23 de dezembro, enquanto o festival de Sol Invictus apresentava datas variadas, como 8 de agosto e 22 de outubro.
Significado religioso e cultural
Independentemente das origens históricas, o Natal é uma celebração central para os cristãos, simbolizando o momento em que Deus se tornou humano por meio de Jesus. A data promove valores de união, reflexão e amor ao próximo, transcendo barreiras religiosas.
Mesmo em comunidades não cristãs, o Natal é visto como um período de confraternização. Autoridades religiosas de diferentes tradições no Brasil, como muçulmanos, judeus e budistas, reconhecem o impacto positivo da data como um momento de celebração e harmonia.
Seja pelas tradições religiosas ou pelo apelo cultural, o Natal permanece como uma das celebrações mais significativas do calendário, transmitindo uma mensagem de união e esperança que ressoa em diversas culturas ao redor do mundo.
Por Nágela Cosme