Uma comunidade cheia de poesia, assim é a localidade do Gesso, na cidade do Crato. O trabalho com poesia começou em 2013, com Roda de Poesia, depois veio os poemas nos postes de iluminação pública e o lançamento de livros. O trabalho persiste, atraindo poetas de vários estados brasileiros, que chegam na comunidade do Gesso para conhecer a experiência de democratização das leituras e literaturas desenvolvida pelo Coletivo Camaradas.
Esse ano, será realizada a III edição do Encontro da Poesia no Gesso, no período de 19 a 21 de março. Com o tema “Palavra, território e utopia”, o encontro tem o objetivo de democratizar e potencializar a poesia, criando processos de ocupação do espaço urbano e virtual. Estabelecendo trocas, a partir de formações, fruições estéticas, artísticas e literárias. A ideia é contribuir para uma cultura de base comunitária e leitora.
O Encontro é composto de oficinas, slam, sarau, intervenção urbana, cortejo, apresentações artísticas, feiras, distribuição de poesias. As atividades acontecerão no Terreiro do Coletivo Camaradas e nas escolas e organizações que compõe o Território Criativo do Gesso.
A ação será realizada em parceria com as instituições púbicas e movimentos sociais, além de artistas, poetas e grupos que atuam no campo da arte, do ativismo e da literatura.
Esse ano a edição homenageará a poeta, historiadora e professora Nezite Alencar, integrante da Academia dos Cordelistas do Crato e que tem mais 40 folhetos publicados. Nezite é também pesquisadora do cangaço e membro da Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço- SBEC e pesquisa sobre a ditadura militar no país.
Sobre a homenageada
Nezite Alencar nasceu no sítio Olho D’água dos Glauteres, Quixariu-Campos Sales-CE, mas atualmente reside no Crato. Trabalhou na Educação durante 40 anos como Professora do Ensino Fundamental e como Coordenadora Pedagógica. Fundou o Centro Educacional Enéas Arrais, escola Comunitária onde foi voluntária por mais de dez anos.
Graduada em História pela Universidade Regional do Cariri (URCA) e Pós-graduada em História do Brasil. Pesquisadora do Cangaço e membro da Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço- SBEC. Escreve poesia desde a adolescência e tem vários paradidáticos publicados. É membro da Academia dos Cordelistas do Crato, com mais de 40 folhetos publicados.