O Território Criativo do Gesso vai realizar a Mostra Urbana nos dias 25 e 26 de março e 5 de abril. A programação será gratuita e online, com diálogos entre pesquisadores e artistas sobre cultura e arte no contexto da cidade. O evento promovido pelo Coletivo Camaradas faz parte das ações do Edital Fomento Cultura e Arte do Ceará, da Secretaria da Cultura do Estado, através da Lei Aldir Blanc.

O evento seria realizado de forma híbrida, com debates de forma virtual e intervenções urbanas em diversos espaços. No entanto, devido ao lockdown estabelecido em todo o Ceará em razão da pandemia de covid-19, as intervenções foram suspensas. Nos dias 25 e 26 de março, mantêm-se as mesas-redondas com os convidados e no dia 5 de abril, haverá apresentação de portfólios de vários artistas.

A Mostra Urbana reúne pessoas de diferentes áreas do conhecimento que discutem essa relação da arte com o espaço urbano, sociólogos, pedagogos, urbanistas e artivistas. “O intuito é discutir e pensar como ressignificar as cidades e seus territórios, a partir da arte”, ponderou Lana Oliveira, coordenadora.

Território Criativo do Gesso
O Território Criativo do Gesso busca aproximar os diálogos entre sociedade civil e poder público. Criar uma narrativa de lugar e de território, a partir da potência criativa e de uma agenda positiva, tendo em vista, o processo histórico de estigmatização sofrido pela comunidade do Gesso, por ter sido a maior zona de prostituição da região Sul do Estado do Ceará (1950-1990). O projeto é desenvolvido em parceria com Pontos de Cultura, ONGs, coletivos, grupos da tradição popular, escolas e universidades.

O recurso do Prêmio possibilitará subsidiar ações e auxiliar na estruturação das organizações e dar continuidade aos eventos e projetos do Coletivo Camaradas. Além de ampliar as iniciativas afirmativas de combate ao racismo, promoção dos direitos humanos, democratização estética, artística, cultural e literária, e favorecer o direito à cidade e a cultura de base comunitária.

Programação

25 de março:

10h – Mesa: Se essa rua fosse minha: ocupação, arte comunidade

Mediação: Alexandre Lucas (Pedagogo, arte-educador e idealizador do Território Criativo do Gesso).

Participantes:

Soraya Amaral (Educadora, ativista, conselheira estadual e municipal de Cultura em Apucarana/PA, mulher do Hip Hop, artista plástica e grafiteira).

Andson Andrade (Professor de artes, artista visual, especialista em Ecologia, Língua Portuguesa e Literatura Africana, diretor do Museu e Escola de Artes Raimunda de Canena).

Marquinhos Abu (Grafiteiro, pesquisador, produtor cultural, membro do coletivo Aparecidos Políticos, Irmãos de Tinta Crew e do Festival Internacional de Arte Urbana).

Wanderson Petrova (Artista visual, performer, ilustrador, arte-educador, cenógrafo, muralista, vive para experienciar a natureza móvel da criação).

16h – Mesa: Arte para além da galeria

Mediação: Alexandre Lucas

Participantes:

Dodora Guimarães (Fundadora da Arte Galeria, graduada em Comunicação Social, especialista em Teoria da Comunicação e Imagem, coautora do livro “O Ceará feito à mão” e diretora do Instituto Sérvulo Esmeraldo).

Germana Pires (Arquiteta e urbanista, professora da Universidade Federal do Tocantins, mestre em Desenvolvimento Regional e doutoranda em Arquitetura e Urbanismo).

19h – Mesa: Cidade Fotografada

Mediação: Ricardo Alves (Geógrafo, especialista em Educação, Pobreza e Desigualdade Social, técnico em Guia de Turismo, empreendedor criativo, fotógrafo, artista visual, militante do Hip Hop, produtor cultural e integrante do Coletivo Camaradas).

Participantes:

Nívia Uchôa (Fotógrafa e cineasta, licenciada em Geografia, assessora do Governo do Ceará e autora do livro “Água pra que te quero!”).

Adriana Botelho (Documentarista integrante do projeto Cine Arte Clube, curadora de Artes Visuais e professora na Universidade Federal do Cariri).

Lia de Paula (Formada em cinema, fotógrafa, autora do projeto “Todo filho é filho da mãe”. Trabalhou na Agência Senado, Ministérios da Cultura e Desenvolvimento Social, Jornal O Povo e Museu de Fotografia de Fortaleza).

26 de março:

16h – Mesa: Poste Poesia: uma experiência espalhada pelo Brasil

Mediação: Carlos Antonio (Estudante de História, poeta e escultor. Membro do Coletivo Camaradas, coordenador do Poste Poesia. Dentre outras coisas ainda é fluidez e calmaria).

Participantes:

Marta Regina (Historiadora e arte-educadora, mestre em História. Professora na rede pública de ensino, integrante do Coletivo Camaradas. É uma das idealizadoras do Poste Poesia).

Aline Alencar (Contadora de histórias, atriz, artivista cultural e palhaça. Coordenadora do Ponto de Cultura Castelo de Histórias em João Pessoa – PB. Ministra aulas de artes, é presidente do Fórum de Teatro de João Pessoa e atua de forma contundente na cena artística da cidade).

Solange Barreto (Gestora cultural, editora e educadora social. Atua na coordenação de projetos ligados à bibliotecas comunitárias e à democratização da leitura, tais como: Catapoesia, Giz de cor, Poste Poesia).

19h – Mesa: Urbanização e Corpos Negros

Mediação: Natália Pinheiro (Estudante de História, poeta, slammer, integrante do Coletivo Camaradas e Slam das Minas Kariri).

Participantes:

Alessandra Ribeiro (Doutora e historiadora e urbanista, tendo estudos voltados para Matriz Africana: territórios, memória e representação. Gestora cultural da Casa de Cultura Fazenda Roseira).

Danieli Balbi (Doutora em Ciência da Literatura, professora da Escola de Comunicação Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro, roteirista e dramaturga).

Manguebixa/Tiago (Cientista Social, mestranda em Sociologia e artista. Investiga processos históricos, construções e legitimações de desigualdades enquanto componentes essenciais das paisagens modernas).