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Morre o cineasta José Mojica Marins, o Zé do Caixão, aos 83 anos

Autor de mais de 40 filmes morreu em decorrência de uma broncopneumonia

19 de fevereiro de 2020
Morre o cineasta José Mojica Marins, o Zé do Caixão, aos 83 anos

Zé do Caixão em retrato feito em 2004 (Foto: Hélvio Romero/Estadão Conteúdo)

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O cineasta José Mojica Marins, conhecido como Zé do Caixão e autor de mais de 40 filmes, morreu aos 83 anos em São Paulo nesta quarta-feira (19), em decorrência de uma broncopneumonia. A morte foi confirmada à Folha pela sua filha Liz Marins.

O velório ocorre nesta quinta (20) a partir das 16h, no auditório no Museu da Imagem e do Som (MIS), e será aberto ao público. O enterro será ao meio-dia de sexta no cemitério São Paulo, em Pinheiros.

Mojica, como era chamado pelos fãs, estava internado havia cerca de 20 dias no hospital Santa Maggiore, desde que contraiu uma infecção que evoluiu para uma pneumonia. “Meu pai estava muito fraco desde o começo do ano”, disse seu filho Crounel Marins, que estava com a família em Orlando, nos EUA, e se preparava para voltar para o velório.

Desde 2014, quando sofreu um enfarte, Mojica teve problemas de saúde crescentes. Com o rim comprometido, passou a fazer diálise. O cateter fixo colocado para o procedimento era constante fonte de infecções, como a que ocorreu no mês passado.

Nos últimos anos, Mojica deixou de aparecer em público devido à fraqueza e a uma degeneração mental ocasionada pela velhice. “Não era Alzheimer, mas um problema de idade. Ele sempre fumou muito, bebeu, teve alimentação ruim e não fazia exercícios”, disse seu filho.

Nascido numa sexta-feira, em 13 de março de 1936, Mojica aprendeu a fazer cinema de forma autodidata.

Seu pai, que gerenciava um cinema na Vila Anastácio, zona oeste de São Paulo, lhe deu uma câmera de aniversário e o jovem José fez uma série de curtas com os garotos do bairro. Seu primeiro estúdio, na virada dos anos 1940 para os anos 1950, foi em um galinheiro improvisado.

Seu sistema de produção era o mesmo da adolescência: atores, técnicos e produtores de primeira viagem, improvisados, que pagavam para participar do filme por meio de cotas e, assim, financiavam a obra. Mojica dava aulas de filmagem e de interpretação, espalhando pelo estúdio fotos de si mesmo demonstrando emoções como “triste”, “feliz”, “louco” ou “usurário”.

Em 1958, conseguiu realizar seu primeiro longa-metragem, o faroeste caboclo “A Sina do Aventureiro”. Seu segundo longa, de 1962, também não aconteceu comercialmente.

Até que, no ano seguinte, Mojica teve um pesadelo que mudaria sua vida e o cinema nacional de terror. Sonhou que um espírito o arrancava da cama e o levava a um cemitério, onde apontava seu túmulo, com seu nome, a data de nascimento e a de morte.

Mojica dizia que, no sonho, fechou os olhos para não saber quando iria morrer, e acordou molhado de suor.

Naquela mesma manhã, ditou para uma de suas alunas o roteiro de “À Meia-Noite Levarei Sua Alma”, com a história de um coveiro do interior que desprezava as pessoas de fé, comia carne na sexta-feira santa e aterrorizava a cidade em busca de uma mulher que lhe gerasse um filho perfeito.

Nascia assim Zé do Caixão, o primeiro personagem de terror do cinema brasileiro.

O longa foi um sucesso de bilheteria, e tornou o diretor um dos mais nomes mais conhecidos da Boca do Lixo.

Sucesso e penúria
O filme teve uma produção difícil. Os pais de Mojica venderam o carro e móveis, o diretor se desfez de tudo o que tinha para conseguir contratar uma equipe por 19 dias. Os membros profissionais, que já haviam trabalhado com outros diretores, ridicularizavam Mojica e seu personagem de cartola e unhas grandes.

Faltava equipamento e as luzes estouravam uma a uma. “Se tivesse que filmar com duas luzes, seria com duas. Se tivesse só uma, eu faria. E se fosse apenas luz normal, eu filmaria com luz normal”, lembrou 40 anos depois a este repórter. Após a filmagem, Mojica contava que tomou o primeiro porre de sua vida, hábito que o acompanharia por décadas.

Na penúria em que se encontrava, Mojica vendeu a um de seus atores todos os direitos da obra praticamente pelo preço de custo. Foi a primeira de uma série de erros financeiros que o acompanhariam por toda a vida: o filme foi um sucesso estrondoso, com filas virando o quarteirão no centro de São Paulo, conforme noticiaram os jornais da época.

Dois anos depois, “À Meia-Noite” ganhou uma continuação: “Esta Noite Encarnarei no teu Cadáver”, que tinha o chamariz extra de ser rodado parcialmente em cores. Na metade da história, Mojica filmou o pesadelo que havia tido em 1963, mas com outro final: após o espírito lhe mostrar o túmulo, Zé do Caixão é sugado para as entranhas da terra, chegando ao inferno. É nessa hora que o filme passa a ser colorido.

Mojica demonstrava ali o espírito criativo que cativou os cineastas da época, como Glauber Rocha, Luiz Sergio Person e Carlos Reichenbach. Sem condições financeiras de produzir um inferno ardente, seu inferno era de gelo. A neve que caía era pipoca impulsionada por ventiladores.

TV e censura
Em 1968, José Mojica Marins, ou melhor, o personagem Zé do Caixão, era uma das pessoas mais famosas do Brasil. Sobreviveram fotos suas ao lado de Roberto Carlos e Pelé, entre outros. ​

A TV Bandeirantes o contratou para um programa semanal, em que contava histórias de terror. Na TV, ele reproduziu seus testes de coragem, nos quais colocava sapos ou escorpiões passeando em cima de moças de calcinha e sutiã.

Quadrinhos com seu nome chegaram às bancas. “Castelo dos Horrores” foi a marchinha que gravou para o Carnaval daquele ano. A TV Tupi roubou o diretor, que reestreou seu programa no novo canal.

Após “O Estranho Mundo de Zé do Caixão”, um filme com três episódios, Mojica filmou “O Ritual dos Sádicos”, no qual transportava seu personagem para o pesadelo urbano da cidade de São Paulo de 1969. Violência policial, estupro de menores, uso desenfreado de maconha, viagens de LSD.

O filme, enviado para o departamento de censura federal em Brasília, foi interditado e não pôde ser exibido no país. Seus filmes anteriores passaram a ser censurados quando precisavam renovar o certificado. Isso afastou os produtores, que pagavam os custos de um filme e precisavam do dinheiro da bilheteria para custear o próximo.

Nos anos 1970, o cineasta se virou com filmes autoproduzidos com pouca verba ou como diretor contratado de pornochanchadas, assinando algumas com pseudônimos. Nos anos 1980, chegou a dirigir filmes de sexo explícito

Além da fronteira
Nos anos 1990, Mojica foi descoberto nos Estados Unidos, com o lançamento de diversas obras por uma distribuidora de terror.

Lá, ficou conhecido como Coffin Joe. Joe Kane, crítico de filmes de horror, elegeu Zé do Caixão como “a maior descoberta do gênero na década de 90”, no seu guia “The Phantom of the Movies’ Videoscope”, lançado em 2000.

Entre seus fãs, estava o americano Tim Burton, conhecido, entre outros, por “O Estranho Mundo de Jack” e “Edward Mãos de Tesoura”. Os dois cineastas chegaram a se conhecer em São Paulo, em 2016, quando o MIS organizou uma exposição sobre Burton. Então, o americano disse que os filmes de Mojica “ficaram na minha mente, como se fossem pesadelos. Mas bons pesadelos”.

Em 2008, com a ajuda dos cineastas Paulo Sacramento, Dennison Ramalho e da Gullane Filmes, conseguiu finalmente filmar e lançar a terceira parte da trilogia de Zé do Caixão, “Encarnação do Demônio”.

No mesmo ano, estreou um programa de entrevistas no canal TV Brasil chamado “O Estranho Mundo de Zé do Caixão” (homônimo do longa de 1968).

Foi nele, por exemplo, que Sócrates, ex-jogador do Corinthians e morto em 4 de dezembro de 2011, deu uma de suas últimas entrevistas em vida.

O cineasta deixa sete filhos, que teve com quatro mulheres, 12 netos e um bisneto.

Ivan Finotti é co-autor, ao lado de André Barcinski, da biografia “Maldito – A Vida e o Cinema de José Mojica Marins, o Zé do Caixão” (1998) e do documentário “Maldito” (2000)

Fonte: Folhapress

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