O Governo do Ceará, por meio da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult), acaba de ampliar para 100 o número de Mestres e Mestras da Cultura do Estado do Ceará, através de lei sancionada nesta terça-feira (14) pela governadora Izolda Cela. O evento realizado na Vila da Música Monsenhor Ágio Augusto Moreira, em Crato. Os novos mestres serão selecionados por meio do XII Edital dos Tesouros Vivos da Cultura do Ceará 2022, que será lançado ainda no mês de junho.
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A governadora Izolda Cela pontuou a importância da presença de mestres e mestras para fortalecer a cultura brasileira e, consequentemente, a do Ceará. “Agora eles passaram a se chamar Tesouros Vivos da Cultura. Vocês têm em mim uma compreensão, uma visão e um compromisso para que nós possamos seguir avançando sempre, fortalecendo. Tenho certeza que a presença de vocês juntos aos jovens, nos diversos circuitos da nossa sociedade, com certeza ganhamos todos nós. Ganha nosso Ceará, ganha nossa cultura brasileira. Estamos aqui para fortalecer aquilo que de bom nos edifica como povo, como povo sertanejo, para que nós tenhamos mais força para lutar sempre por dias melhores”, ressaltou a gestora estadual.
A ampliação de 80 para 100 tem o objetivo de contribuir para o reconhecimento, a proteção e a valorização da diversidade dos conhecimentos, fazeres e expressões das culturas populares e tradicionais no Ceará, por meio da titulação dos “Tesouros Vivos da Cultura”. “Eram 60 mestres e mestras. Com o governador Camilo Santana, se ampliou para 80, e, agora, vão para 100 novos senhores e senhoras, detentores de saberes e fazeres, artes e ofícios que traduzem nossa diversidade cultural”, destacou Fabiano Piúba, secretário da Cultura do Ceará.
Essa ação visa garantir a preservação e salvaguarda da memória cultural e transmissão de seus saberes e fazeres artísticos e culturais. Os Tesouros Vivos contemplados devem promover a efetiva transmissão de seus conhecimentos à comunidade, com a manutenção de suas atividades e participação em ações, projetos e programas desenvolvidos pela ou em parceria com a Secult Ceará.
Lei dos Tesouros Vivos
A Lei Estadual 13.842, de 27 de novembro de 2006, que instituiu o Registro dos “Tesouros Vivos da Cultura” no Estado do Ceará, é uma lei pioneira no Brasil, voltada para o reconhecimento dos saberes e fazeres dos mestres e mestras da cultura tradicional e popular.
Os mestres são reconhecidos como difusores de tradições, da história e da identidade, atuando no repasse de seus saberes e experiências às novas gerações. Selecionados pela Coordenadoria de Patrimônio Cultural e Memória (Copam) da Secult, após apresentação de propostas pela sociedade civil, os mestres da cultura passam a contar com reconhecimento institucional e recebem um subsídio no valor de um salário mínimo mensal, como auxílio para a manutenção de suas atividades e para a transmissão de seus saberes e fazeres.
O programa Mestres da Cultura se tornou um referencial do Ceará para o Brasil, recebendo, à época de sua criação, prêmio do Ministério da Cultura, pela qualidade e pelos efeitos da iniciativa.