Após o pico da quarta onda da pandemia, o Ceará retornou a um cenário confortável de Covid-19 e registrou, em julho, uma queda de quase 40% na taxa de positividade dos casos. Entre 9 de julho e essa segunda-feira (25), o indicador decresceu 38,8%.
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No começo do mês, as amostras positivas de SARS-CoV-2 estavam em 50,2%, despencando para 11,4% na última extração de dados. As informações foram divulgas pela Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) nesta terça-feira (26) em coletiva de imprensa.
“Nossas curvas epidêmicas foram muito bem delimitadas. E na quarta onda, podemos dizer que saímos do período crítico. De confortável, temos o número de óbitos, que foi muito mais baixo, claro, em decorrência da vacina”, pontuou a secretária executiva de Vigilância em Saúde, Sarah Mendes.
Quanto à campanha de vacinação no Estado, 91,6% da população elegível já está vacinada. Com a dose de reforço, são 63,1%, e com a segunda dose de reforço são 30,3%.
Segundo a gestora, as últimas três semanas confiram a estabilidade da curva de Covid-19, pois foi consolidada “uma queda franca no número de casos”.
Ela pontua ainda a permanência do cenário positivo para o Estado mesmo com a presença das sublinhagens BA.4 e BA.5 da ômicron, que inclusive já estão presentes em 80% das amostras positivas.
Veja os últimos dados da Covid-19 no Ceará:
Maio
• 2.932 casos de Covid-19
• Média móvel de 133,57 casos em 31 de maio
Junho
• 7.963 casos de Covid-19 em junho
• Média móvel de 3.423 casos em 30 de junho
Julho
• 42.490 casos de Covid-19 (até 25 de julho)
• Média móvel de 160,42 casos nos últimos sete dias
Varíola dos macacos
Ainda na coletiva de imprensa da Sesa, a secretária executiva Sarah Mendes e o secretário da Saúde Marcos Gadelha falaram sobre o cenário da varíola dos macacos no Ceará. O número de casos confirmados segue em quatro.
O número de casos investigados é 27, um a mais do que foi divulgado no balanço dessa segunda-feira (25). O novo caso em análise é em Cascavel. Outros 32 casos foram descartados. A secretaria segue com ações de vigilância, tendo o Hospital São José como referência para tratamento na Capital.
O secretário Marcos Gadelha informou que o Ceará ainda não tem transmissão comunitária da doença, mas frisou as ações da pasta e a vigilância dos municípios e da população sobre os aparecimentos de sintomas.
Gadelha disse que apesar do baixo número de casos, “ninguém pode dizer que o cenário está confortável”. “Diria até que é esperado um aumento de casos, mas a OMS já decretou uma situação que necessita de alerta e coordenação mundial no controle dessa doença”, comenta.
Conforme o secretário, o Estado tem se articulado para realizar os rastreamentos da monkeypox. Ele lembra que a doença possui uma letalidade baixa, entre 3% a 6%. Marcos Gadelha inclusive comenta que o Ministério da Saúde trabalha para viabilizar uma vacina.
Por Beatriz Irineu e Matheus Facundo
Fonte: Diário do Nordeste