Em uma perspectiva otimista, o Governo busca vacinar a população maior de 18 anos no Ceará até agosto na campanha contra a Covid-19. A informação foi divulgada pelo titular da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho, Dr. Cabeto, em entrevista à Rádio O Povo CBN nesta terça-feira (8).
“Nós vamos trabalhar incessantemente. Eu tenho esperanças, não posso garantir, mas [quero] que até agosto, nós tenhamos 100% da população do Ceará [vacinada]. Estamos trabalhando pra isso”, disse. O Estado tinha 1.089.383 pessoas vacinadas com a primeira dose até esta segunda-feira, 7— o equivalente a 11,85% da população, considerando um total de 9.187.103 pessoas que residem no Estado.
O secretário frisou, porém, que não há garantia da concretização desse percentual de vacinação. Mas o foco é garantir pelo menos que a maioria das pessoas maiores de idade esteja imunizada até o prazo mencionado.
Devido à pouca disponibilidade de vacinas, um estudo elaborado a partir da observação do ritmo de aplicação diária de imunizantes nos estados do Brasil projetou que a campanha de imunização contra a Covid-19 no Ceará pode ser finalizada no dia 31 de julho de 2023.
A estimativa é da plataforma de vacinação do coronavírus do grupo ModCovid19, iniciativa do Instituto Serrapilheira em parceria com o Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI), da Universidade de São Paulo (USP).
Esforços por vacina
Ainda na entrevista, Cabeto destacou que o Governo já realizou anteriormente contatos prévios com farmacêuticas que produzem a vacina, como a Pfizer e a Sinovac. A tentativa é no sentido de garantir a maior disponibilidade de imunizantes.
“Nós no Ceará defendemos que devemos ter um painel de vacinas. Porque lá na frente, inclusive, a gente vai poder selecionar um tipo de vacina para cada população. Lembre-se que talvez a gente tenha que vacinar todo ano”, explicou.
Um total de 183 mil doses da vacina russa Sputnik V poderão ser importadas para o Ceará, conforme decidiu a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em reunião na última sexta-feira, 4. A autorização do processo de importação ocorreu com restrições e a quantidade permitida corresponde ao necessário para vacinação de 1% da população de cada um dos estados.
Por Laís Oliveira
Fonte: O Povo