As ações de fiscalização de eventos que promovam grandes aglomerações no fim deste ano devem contar com reforço da Inteligência da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), de acordo com a secretária-executiva de Vigilância e Regulação da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), Magda Almeida, em entrevista ao Sistema Verdes Mares na manhã desta segunda-feira (14).
“Teremos uma reunião daqui a pouco para utilizar a Inteligência da Segurança Pública para estar dentro desses eventos, monitorando e avaliando quais são os locais onde vamos iniciar uma fiscalização”, declarou a gestora.
No último sábado (12), diversos órgãos fiscalizatórios deram início à Operação Fim de Ano Seguro, para fazer cumprir as medidas de prevenção contra o avanço da Covid-19 no estado. Nas últimas semanas, houve crescimento de registros em 19 das 22 áreas descentralizadas de saúde do Estado.
“A gente intensificou no fim de semana com um número maior de agentes porque essas aglomerações têm um número muito grande de pessoas e precisam de um efetivo policial maior, para que a gente consiga conter e dispersar”, lembra Magda.
Durante o fim de semana, pelo menos nove estabelecimentos foram autuados em Fortaleza. A Vigilância Sanitária Estadual verificou irregularidades em quatro locais que promoviam eventos. A Agência de Fiscalização de Fortaleza também notificou quatro bares e restaurantes. Na madrugada de sábado (13), a festa “Pagode no Sigilo”, no bairro Cambeba, também foi encerrada pela Polícia Militar.
Segundo a secretária-executiva, estabelecimentos dos setores de hotelaria, alimentação e ensino que cumprem corretamente as regras de funcionamento – incluindo respeito à capacidade total e uso da máscara – podem se candidatar ao Selo Estabelecimento Seguro. “É uma segurança para eles e para as pessoas que frequentam”, garante.
Avanço dos indicadores
Até as 9h desta segunda-feira, o Ceará confirmou 316.394 casos da Covid-19, de acordo com a plataforma IntegraSUS, alimentada pela Sesa. Ao todo, 9.786 pessoas foram mortas pela doença pandêmica. Outros 38.042 casos seguem em investigação.
Em Fortaleza, de acordo com a plataforma, os casos aumentam desde a segunda metade de outubro. A Capital tem registrado mais de mil casos por semana, mas em novembro a marca passou de dois mil.
“A gente precisa frear nas festas porque você tem mais contato desprotegido, sem máscara, e circula com pessoas que não são da sua convivência habitual. Com essa diminuição dos eventos, pretendemos diminuir a velocidade da contaminação e não entrar na Fase 3”, afirma Magda, em referência a uma possível retomada de medidas mais restritivas nas atividades econômicas, segundo o novo Plano de Contingência do Governo do Estado.
Por Nícolas Paulino e Isaac Macêdo
Fonte: Diário do Nordeste