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Faz sentido tanta rejeição à vacina chinesa? Compreenda melhor a CoronaVac

Será que é por que o novo coronavírus surgiu na China e as pessoas acreditam que foi uma criação dos cientistas de lá, para disseminá-lo pelo planeta e "dominar o mundo"?

21 de outubro de 2020
Faz sentido tanta rejeição à vacina chinesa? Compreenda melhor a CoronaVac
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Antes de começarmos a discutir sobre a “vacina chinesa” (a CoronaVac), produzida pela empresa chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, quero ressaltar que todas as vacinas licenciadas para uso humano passam por rigores científicos que as tornam extremamente seguras —só isso já seria motivo para encerrar qualquer desconfiança.

Mas, afinal, por que a vacina CoronaVac assusta tanto? Será que é por que o novo coronavírus surgiu na China e as pessoas acreditam que foi uma criação dos cientistas de lá, para disseminá-lo pelo planeta e “dominar o mundo”? (Obviamente, cientificamente falando, isso não é verdade). Ou por que um país fechado como a China não produz dados confiáveis e “usa fetos abortados” para produzir vacinas? (Mais uma informação sem qualquer embasamento).

Ou será que a CoronaVac é rejeitada por causa de uma briga política, em que “bolsonaristas” não tomam vacinas chinesas pois o governador de São Paulo, João Dória, “traiu” o presidente Jair Bolsonaro? Enfim, não faltam hipóteses para esse caso, mas a grande maioria não faz algum sentido se pensarmos na questão da saúde e da ciência.

Portanto, vamos esquecer as teorias da conspiração e analisar dados, para discutir em cima do que há de concreto e verídico. Para isso, o primeiro passo é entender a estratégia que a empresa Sinovac e o Instituto Butantan montaram para desenvolver a vacina CoronaVac, que está em fase clinica final de testes, a chamada fase 3.

Simplificadamente, o que a empresa apostou foi em utilizar uma técnica antiga (vírus inativado) para desenvolver uma vacina que sabe-se que gera funcionalidade. Com esse método, fica mais fácil prever os efeitos colaterais em longo prazo, pois já existem outras vacinas que usam vírus inativados e são licenciadas para uso humano há décadas, por exemplo, as vacinas contra a raiva e a da gripe, que estão no calendário vacinal.

Outra vantagem em usar essa técnica é a praticidade de obter essas vacinas, pois basta isolar e cultivar o vírus e em seguida inativá-lo química ou fisicamente, por exemplo, usando algum produto químico ou simplesmente pelo calor. Mais um fator interessante nessa tecnologia é que ela geralmente é segura em curto, médio e longo prazo, e os efeitos colaterais geralmente não são graves.

Tudo isso até nos leva a questionar por que outros institutos de pesquisa e empresas não usam apenas essa técnica que geralmente funciona, certo? Então, precisamos também analisar as desvantagens dessa tecnologia adotada pela Sinovac. Ao trabalhar com o vírus inteiro, há a necessidade de utilizar laboratórios de segurança máxima, consequentemente o investimento é muito alto.

Além disso, essas vacinas geralmente não induzem uma proteção muito alta, requerendo assim outros componentes para a formulação da vacina, como os chamados adjuvantes. Isso acontece pois a capacidade de estimular o sistema imunológico não é muito robusta. Nessas vacinas com o vírus inativado, a indução da resposta de células T é muito baixa, ou seja, elas são boas para produzir anticorpos, mas não para ativar outros componentes do sistema imune. E, após vários artigos científicos publicados, vemos que para gerar uma alta proteção contra o novo coronavírus é preciso a ativação das chamadas células T.

Além disso, essa tecnologia geralmente requer a aplicação de mais de uma dose, algo que para um momento de pandemia é crucial, pois quanto menor o número de doses necessárias, maior a chance de vacinar mais pessoas. Se precisamos de duas ou mais doses de uma vacina para imunizar apenas uma pessoa, a viabilidade é muito baixa para vacinar em curto prazo uma população tão grande quanto a brasileira. Como exemplo do quanto isso é complicado, podemos usar a vacinação contra a gripe em São Paulo, que precisou de mais de três meses de campanha para imunizar cerca de 14 milhões de pessoas, mesmo com uma vacina distribuída pelo SUS, muito bem conhecida e que necessita de só uma dose.

Agora você deve estar pensando: “Mas o objetivo de todas essas informações é fazer eu aceitar ou rejeitar a vacina chinesa?” Respondo que meu objetivo não é nem um, nem outro. Todas essas explicações são só para você entender melhor o que essa vacina pode oferecer e que, se ela for aprovada, não há motivos para desconfiança. Quem vai decidir se podemos receber a imunização da China, da Inglaterra ou de qualquer lugar será um corpo técnico, após obter os dados dos testes clínicos. Essa discussão é restrita aos cientistas.

Vale a pena compreender que, após o licenciamento da vacina para uso humano, teremos testes e acompanhamento das pessoas vacinadas para avaliar qualquer efeito colateral em curto, médio e longo prazo. Outro fator que é válido citar é quem serão os responsáveis pela liberação para a vacinação em larga escala: pesquisadores e institutos responsáveis, como a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), aqui no Brasil.

Quando os técnicos “assinam” que uma vacina pode fazer bem para população sem fazer mal, assumem uma responsabilidade para a vida, ou seja, qualquer erro que pode afetar as pessoas vacinadas, isso pode consequentemente, destruir a carreira deste corpo técnico para sempre.

Por fim, caso a vacina “chinesa” passe pelos rigores científicos e seja liberada para uso humano, haverá também uma nota explicando em quais grupos de pessoas ela produzirá os melhores resultados. Desta forma, não podemos deixar que teorias da conspiração ou conflitos políticos nos impeçam de controlar essa pandemia, que já levou mais de 150 mil mortes apenas aqui no Brasil. Quando houver uma vacina aprovada por instituições e órgãos competentes, seja ela da China ou de qualquer outro lugar, vamos nos vacinar, pois a vacina salva vidas.

Por Gustavo Cabral (@gcabral.miranda). Imunologista PhD pela USP (Universidade de São Paulo), pós-doutorado pela Universidade de Oxford (Inglaterra) e pela Universidade de Berna (Suíça), e pesquisador da USP/FAPESP

Fonte: UOL

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