Mesmo diante dos avanços no combate à Covid-19, as medidas de prevenção e controle à doença continuam sendo fundamentais. A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) recomenda que a população deve completar seu esquema vacinal e adotar o uso de máscaras em unidades de saúde e em casos de sintomas gripais. Também é fundamental que as pessoas sintomáticas procurem atendimento médico e realizem testes quando houver recomendação do profissional de saúde.
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O secretário executivo de Vigilância em Saúde da Sesa, Antonio Lima Silva Neto (Tanta), reforça a importância dessas ações para conter o surgimento de novos casos e o agravamento da doença em grupos mais vulneráveis, como pessoas acima de 60 anos. De acordo com o gestor, a última atualização da vacinação, a bivalente, induz a produção de anticorpos capazes de neutralizar com mais eficiência a transmissão do vírus, uma vez que incorpora a subvariante que circula.
“A última vacina disponível está atualizada contra as novas variantes da Covid-19, incorporando sublinhagens da variante ômicron, que é a predominante em todo o mundo. Quem tomar a vacina atualizada, ou seja, completar a quinta dose, estará produzindo alguns anticorpos importantes para combater as variantes que circulam nesse momento. Nós precisamos nos proteger e proteger nossos entes queridos”, diz.
Atualmente, a vacina contra a Covid-19 é indicada a partir dos seis meses de vida para toda a população. O esquema vacinal varia conforme a faixa etária. O imunizante está disponível em unidades básicas de saúde. Para ter acesso, é preciso apresentar documento de identificação com foto.
Cenário epidemiológico de Covid-19 no Ceará
O Ceará contabilizou, de janeiro a outubro de 2023, 16.288 casos de Covid-19. Entre os dias 5 e 18 de novembro, o Estado registrou 226 casos da doença. Nas duas semanas epidemiológicas anteriores, compreendidas entre os dias 22 de outubro e 4 de novembro, foram 116 ocorrências. Entre as semanas epidemiológicas 43 e 46 (22 de outubro e 18 de novembro) não houve confirmação de mortes por Covid-19. Ao longo do ano, houve 76 óbitos em decorrência da infecção.
Antônio Lima avalia que o surgimento de novos casos de Covid-19 pode estar relacionado à identificação no Estado da subvariante JG.3, descendente da EG.5 (Eris), a nova variante que já circula há mais de trinta dias em estados como São Paulo, Goiás e Rio de Janeiro.
“A nova variante começou a circular nos estados do Centro-Sul do Brasil e ainda não tinha sido identificada no Ceará mas, no último sequenciamento genômico, realizado no Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará (Lacen), nós encontramos a JG.3, subvariante descendente da EG.5”, diz Tanta.
O secretário executivo explica que a Organização Mundial da Saúde (OMS) já demonstrou que a variante Eris não está associada a quadros mais graves. “Contudo, isso não significa que não precisamos monitorar o vírus e reforçar a importância da vacinação para a sociedade”, finaliza.