“Foi uma surpresa para mim, uma experiência muito boa, porque eu não esperava ser a primeira a receber a vacina. Muitas pessoas foram protegidas pela vacina”. É com alegria que a técnica de enfermagem Maria Silvana Souza dos Reis, de 54 anos, relembra o momento em que se tornou a primeira pessoa a ser vacinada contra a Covid-19 no Ceará, em 18 de janeiro de 2021. Dois anos depois, mais de 24 milhões de doses de imunobiológicos foram aplicadas na imunização dos cearenses.
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Silvana atua no Hospital Estadual Leonardo Da Vinci (Helv) desde o início da pandemia, quando a unidade hospitalar foi solicitada e reestruturada pelo Governo do Ceará para atender pessoas com os casos mais graves da doença. O Helv tornou-se referência em atendimento e, atualmente, integra a rede pública estadual de saúde de forma permanente.
O Hospital alcançou, no período de outubro de 2020 a dezembro de 2022, a marca de 13 mil procedimentos cirúrgicos realizados nas áreas de Otorrinolaringologia, Urologia, Ortopedia, Cirurgia Geral e Cirurgia de Cabeça e Pescoço. Além disso, foram realizadas mais de 29 mil consultas ambulatoriais. Hoje, mais de 1.100 profissionais de diferentes áreas atuam no equipamento, compondo equipe multidisciplinar capacitada para o atendimento à população cearense.
Sobre a Covid, o atual cenário epidemiológico no Ceará mostra controle, segundo o Comitê Estadual de Enfrentamento à Pandemia, que realizou reunião na manhã desta quinta-feira (19). O estado registra baixo número de casos e óbitos, o que demonstra que o quinto ciclo da doença chegou ao fim.
Após a reunião, o governador do Ceará, Elmano de Freitas, anunciou, em publicação nas redes sociais, “que o uso de máscaras deixa de ser recomendado para locais fechados com aglomeração e nos transportes coletivos. A recomendação continua apenas para idosos, gestantes, pessoas com comorbidades e, principalmente, todas aquelas que estejam com sintomas gripais. O uso continua a ser obrigatório nas unidades de saúde”, escreveu o governador. As medidas começarão a vigorar a partir da publicação do novo decreto.
Apesar de ser um momento de mais tranquilidade no que diz respeito à pandemia, os cuidados individuais devem ser mantidos, principalmente por conta do início do período chuvoso. É o que observa a infectologista e diretora clínica do Hospital São José, Christianne Takeda. “Nos meses de dezembro a abril, enquanto perduram as chuvas no Ceará, vemos o aumento das infecções respiratórias virais, acometendo principalmente crianças e pessoas de idade avançada. Assim como acontece para a Covid, que ainda circula na comunidade, a máscara, cobrindo a boca e nariz, a higienização das mãos, o distanciamento social, bem como as vacinas contra a gripe e a Covid, fazem diferença”, explica.
As vacinas, seja para Covid ou influenza (gripe), segundo a infectologista, diminuem as chances de agravamento. “É importante que as pessoas busquem os postos de vacinação. Quem ainda não completou o esquema vacinal para Covid, complete. Isso evita que, caso pegue a doença, evolua para os sintomas graves. Para quem está com sintomas que lembram as doenças virais, é interessante, principalmente pessoa acima de 60 anos, buscar a atenção médica, porque temos medicação no SUS [Sistema Único de Saúde] contra isso. Além disso, temos anualmente a campanha de vacinação contra a gripe”, reforça.
Saiba diferenciar os sintomas
A síndrome gripal (SG) é conclusão adotada pelos profissionais da Saúde ao avaliar uma pessoa com pelo menos dois destes sintomas: febre repentina, calafrios, dor de garganta, dor de cabeça, tosse, coriza e ausência e/ou dificuldade em perceber cheiro/sabor.
Em crianças e idosos, a SG pode causar ainda outras manifestações. Nos pequenos, pode ocorrer também obstrução nasal. Nos mais velhos, devem ser considerados outros fatores, como perda repentina de memória, confusão mental, sono em excesso, irritabilidade e falta de apetite.
Já os casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), por sua vez, são classificados quando, além dos sintomas de SG, as pessoas apresentam também dificuldades e desconforto para respirar ou apresentam uma respiração rápida e curta; dor persistente no peito; saturação de oxigênio abaixo de 95% (quantidade de oxigênio que está circulando no sangue) e coloração azulada nos lábios ou no rosto.