Na sexta-feira (9), chegou ao Brasil a primeira remessa da nova geração de vacinas contra a Covid-19 com 1,4 milhão de imunizantes. Até fevereiro, o país deve receber 36,3 milhões de doses que elevam a proteção contra a cepa ômicron, segundo cronograma divulgado pela farmacêutica Pfizer. Enquanto as vacinas são avaliadas pelos órgãos técnicos, o Ministério da Saúde planeja a publicação de uma nota técnica com as orientações sobre a distribuição e a quem elas serão destinadas.
Curta, siga e se inscreva nas nossas redes sociais:
• Facebook
• Twitter
• YouTube
• Koo
Sugira uma reportagem. Mande uma mensagem para o nosso WhatsApp.
Entre no canal do Revista Cariri no Telegram e veja as principais notícias do dia.
As chamadas vacinas bivalentes são versões atualizadas dos imunizantes aplicados hoje. Para induzir a resposta imunológica, além de uma parte feita com a variante original do novo coronavírus, descoberta em 2019, elas contam com uma parte da variante ômicron, predominante no mundo há cerca de um ano.
Há dois imunizantes do tipo desenvolvidos pela Pfizer: um cuja parte da ômicron é baseada na subvariante BA.1, primeira versão da variante que circulava em janeiro, e outra com base nas subvariantes BA.4/BA.5, que predominaram durante a metade do ano até a chegada da BQ.1 e outras linhagens.
Ainda que as versões da ômicron que crescem hoje no Brasil e no mundo, como a BQ.1, não sejam as contempladas nas vacinas, especialistas explicam que se espera uma proteção maior das aplicações também contra elas, já que são ramificações da mesma cepa.
“As vacinas bivalentes oferecem proteção contra mais de uma cepa do vírus e devem expandir a resposta imune. Será um importante reforço para nossa campanha de vacinação”, disse o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em comunicado.
Os imunizantes atualizados receberam o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como uma dose de reforço para a população acima de 12 anos no dia 22 de novembro. Em países como os Estados Unidos, a injeção é orientada no período de 4 meses após a última dose.
As 1,4 milhão de unidades que o Brasil recebeu foram da vacina adaptada para a BA.1. Duas novas entregas estavam planejadas até esta segunda-feira, totalizando no final 4,5 milhões de unidades. Segundo o ministério, após chegarem ao país, as vacinas passam por avaliação e análise no Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS).
Em nota, a pasta afirma que nos próximos dias será publicada uma nota técnica com as informações sobre a distribuição, a aplicação dos imunizantes e o público-alvo. No entanto, ressalta que as doses atuais da vacina, disponíveis nos postos de saúde, seguem eficazes para prevenir casos graves e óbitos da doença.
Por isso, o ministério orienta que aqueles com alguma dose atrasada procurem os postos imediatamente, mesmo após o prazo, para atualizar o esquema vacinal. Apenas o ciclo completo – de três doses para todos acima de 12 anos, e quatro para os com mais de 40 – proporciona a proteção elevada contra quadros graves e mortes pela Covid-19.
Cronograma de entregas
De acordo com a Pfizer, até o próximo dia 19 está prevista a entrega de mais 4,4 milhões de doses da vacina bivalente adaptada para a subvariante BA.1 da ômicron. Junto com as 4,5 milhões enviadas até hoje, serão totalizadas 8,9 milhões de unidades da versão.
Em seguida, o Brasil receberá cerca de 27,4 milhões de doses da outra vacina bivalente, a adaptada para as subvariantes BA.4/BA.5. Com isso, ao longo de dois meses, é esperado que 36,3 milhões de unidades de ambos os imunizantes tenham chegado ao país.
Datas de entrega e total de doses
• 9 de dezembro (sexta-feira): 1.440.000 (BA.1)
• 11 de dezembro (domingo): 1.668.400 (BA.1)
• 12 de dezembro (segunda-feira): 1.440.000 (BA.1)
• Até 19 de dezembro (segunda-feira): cerca de 4.400.000 (BA.1)
• Até fevereiro: cerca de 27.400.000 (BA.4/BA.5)
• Total: cerca de 36.300.000 (8,9 milhões de BA.1 e 27,4 de BA.4/BA.5)
Fonte: O Globo