Olavo de Carvalho solta sua verborragia pornográfica contra o presidente e estipula a escatologia solene da gestão mais trágica da história da política brasileira. São várias vertentes que sedimentam a tragédia nacional, antes e durante a pandemia, formando uma complexa cadeia de obscurantismo vexatório, que envergonham historicamente todos os brasileiros, ao mesmo tempo em que a porta dos fundos é a serventia dos ratos. Mesmo que Olavo de Carvalho, o seboso, reafirme o seu apoio a Bolsonaro, o bárbaro, o estrago já está feito naquilo que já nasceu no estrago.
É verdade que não foi uma semana fácil para o presidente chulo. A traição é a maior marca da personalidade doentia de quem dirige o país para o precipício. Durante o seu desgoverno os cadáveres políticos e sociais se amontoam em seus rastros decadentes, vítimas de traições grotescas. Ele trai a tudo e a todos, incluindo o Brasil e os brasileiros. O maior exemplo de traição da pátria são os cadáveres amontoados em câmeras frias, colocadas nos estacionamentos de hospitais, vítimas da Covid-19, e vítimas do desprezo criminoso do miliciano em chefe. Mas a serpente começa a provar do seu próprio veneno. Sendo ele humilhado e traído publicamente por seus dois vermes referenciais: Trump e Olavo.
Bolsonaro sempre foi o vira-lata flagrado em fotos fustigando com o focinho o traseiro de Trump, cachorrão de raça racista. O entreguismo de Bolsonaro é a maior fraqueza política de todos os tempos de um governo Brasileiro. Entre outras vassalagens sociais e econômicas, até mesmo um acordo para a instalação de uma base militar americana no Brasil está em pauta. A esperança do miliciano é que os Estados Unidos apoiem um golpe militar no Brasil, como fizeram no golpe de 1964. No entanto, as frequentes humilhações que ele vem sofrendo, apontam o contrário, o bandido americano quer distância do pior exemplo mundial de combate ao novo coronavírus. A maior estrela do bordel palaciano foi esnobada duramente, nem se entregando de graça, ela teve o amor correspondido.
A postura neonazista, o racismo supremacista, a misoginia, o ataque sistemático à imprensa, o uso rotineiro de notícias falsas, a subserviência aos grandes conglomerados financeiros, a perseguição à esquerda, bem como a necropolítica social, são itens copiados de Trump e compõem a imagem de caudilho tupiniquim de Bolsonaro. O chulo copia o bandido em tudo. Um dos casos vergonhosos foi com a abertura da economia e o negacionismo do vírus, os americanos começaram a morrer em milhares, Trump recuou e deixou o vira-lata cair da mudança. Até hoje o caudilho defende isso, sozinho, amargurado pelo fracasso, abandonado pelos sabujos, apenas na companhia da militância paga e apontado por Trump como um dos responsáveis pelo recrudescimento do vírus no mundo. É muita humilhação em demasia.
Bolsonaro sempre foi o capacho abaixo de Olavo de Carvalho. Olavo de Carvalho sempre foi um pilantra, já se envolveu em seitas satânicas, já foi astrólogo de araque, já mentiu sobre seu currículo em plena falsidade ideológica e já fugiu do Instituto de Psiquiatria Comunitária, no Itaim-Bibi, em São Paulo, bem antes de aparecer na mídia como antiesquerdista. O negacionismo e o obscurantismo terraplanista do chulo nasceram da saliva do seboso. O gabinete do ódio é cria de Olavo. O ideologismo de ultradireita nazifascista é cria de Olavo. A ideia do golpe e do extermínio da esquerda e o aniquilamento das minorias através de uma força armada é de Olavo. Já Olavo é cria da Globo, da Folha de São Paulo e da Veja, que implementaram a maior campanha de demonização de um partido na história política brasileira. Uma das estratégias foi legitimar o nazifascismo de Olavo, através de entrevistas e matérias sobre.
A estratégia de minimizar o vírus e defender a economia em detrimento da morte de brasileiros, sempre foi o conselho de Olavo para Bolsonaro. As pessoas passam e a economia fica, defende o astrólogo de meia tigela em suas aulas. Olavo sempre aconselhou a manipulação canalha dos números de óbitos, ele defende a ideia de não produzir notícia negativa, isso em relação a tudo: desmatamento, pobreza, desemprego, índices educacionais e crimes diversos. A estratégia de sempre procurar um inimigo para jogar a culpa é declarado em um de seus livros. Condecorar e defender torturadores e milicianos é parte da “filosofia” olavista. Nunca um presidente brasileiro foi mandado publicamente a enfiar no traseiro uma condecoração dada, em rede nacional, em redes sociais, ao vivo e sonoramente xingado com outros palavrões e ameaças. Portanto, é melhor engolir esse rato que está no prato. Mesmo com todo cuidado para não deixar o rabo pendurado na boca, já é tarde, ele já se intitulou como o rato do rei.
Por Marcos Leonel – Escritor e cidadão do mundo
*Este texto é de inteira responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Revista Cariri