Anúncio
Hospedagem de sites ilimitada superdomínios
Revista Cariri
  • Início
  • Últimas
  • Regionais
    • Crato
    • Barbalha
    • Juazeiro do Norte
    • Cariri
  • Segurança
  • Brasil
  • Política
    • Análises
  • Saúde
  • Classe A Rádio Hits
  • Rádio Forró das Antigas
  • Contato

Sem Resultado
Ver resultados
  • Início
  • Últimas
  • Regionais
    • Crato
    • Barbalha
    • Juazeiro do Norte
    • Cariri
  • Segurança
  • Brasil
  • Política
    • Análises
  • Saúde
  • Classe A Rádio Hits
  • Rádio Forró das Antigas
  • Contato
Sem Resultado
Ver resultados
Revista Cariri
Sem Resultado
Ver resultados
PUBLICIDADE

Tempos cavernosos – Por J. Flávio Vieira

Colunista escreve semanalmente no Revista Cariri

2 de fevereiro de 2025
Tempos cavernosos – Por J. Flávio Vieira

Foto oficial de Donald Trump, presidente dos EUA (Foto: Divulgação)

PUBLICIDADE

Depois da revelação dos crimes hediondos cometidos pelo III Reich durante a II Guerra, entre eles o extermínio cruel de mais de seis milhões de judeus, além do de outras minorias como ciganos, homossexuais, inimigos políticos, pairou no mundo alguns enigmas de difícil resolução. O primeiro deles dizia respeito ao envolvimento de boa parte da intelectualidade alemã nos discursos e atos de ódio promovidos por Hitler e seus asseclas. Como entender que o berço moderno da Filosofia, a Alemanha, tenha sido contaminada por uma onda pútrida como a do III Reich? Entre tantos, o maior filósofo do seu tempo, Martin Heidegger (1889-1976). Depois, assustou a todos a pouca reação do povo judeu frente à perspectiva do extermínio. A maior parte das vezes seguiu para os fornos, como reses resignadas vão ao matadouro. Eram às vezes milhares deles embarcando em trens superlotados, sob a vigilância de alguns soldados nazistas, armados, é certo, mas, com tamanha desigualdade no número, esperavam-se revoltas no embarque, com muitas mortes de lado a lado e não foi isso que se viu. Por que?

Hoje, com o crescimento assustador da extrema direita, mundo afora, quase noventa anos depois da enorme tragédia acontecida, entendemos a frase de Brecht que dizia que a Cadela do Fascismo estava sempre no cio. Recentemente, Trump foi reeleito de forma avassaladora, pelos americanos, que se arvoram como um dos povos mais civilizados do planeta, depois de ter atentado contra a democracia, num quebra-quebra inimaginável no Capitólio, com cinco mortos, além de ter espalhado fake news sobre o processo eleitoral estadunidense. Na segunda posse, um dos seus apoiadores, um dos mais ricos homens do mundo, refez simbolicamente o gesto de saudação nazista. Nos seus primeiros atos, Trump expulsou imigrantes de forma cruel e ameaçou mandar os que ficaram para um novo campo de concentração: Guantánamo. Esqueceu que sua mãe, Mary Ann McLeod chegou, em 1930, nos EUA, vindo de Glasgow, como imigrante. Se tivesse sido submetida ao mesmo tratamento proposto pelo filho, hoje a América estava livre daquele traste. Aqui, Bolsonaro elogiou a atitude da expulsão violenta dos brasileiros algemados pelos pés e mãos, como um perfeito lambe-botas dos Ianques. Trump retomou a perseguição aos homossexuais, informando que na terra do Tio Sam, a partir de agora, só existem dois sexos. Não sabemos se a população de San Francisco já foi avisada da novidade. Não bastasse isso, cospe as mesmas ideias expansionistas de Hitler: fala em retomar o Canal do Panamá, em anexar o México, a Groelândia e Canadá como meros estados americanos. Não muito diferente do que Hitler fez, por um tempo, com a Polônia, a França, a Bélgica, até se esborrachar, de vez, nas portas da Rússia. O povo americano, dito tão letrado e avançado, assina embaixo, avalizando toda essa doideira, noventa anos depois de o povo alemão ter tido a mesma atitude. O que mudou? Em que a humanidade avançou no seu andar de caranguejo? O primeiro enigma da esfinge parece ter sido desvendado agora: Trump mostra que qualquer país é capaz de cometer as maiores atrocidades desde que se veja hipnotizado por um feiticeiro qualquer que lhe diga ser superior e que merece, assim, que sua vida seja melhorada e, para isso, é necessário matar os concorrentes.

Muitos entendem que o alemão viu-se hipnotizado pela máquina de propaganda nazista, encabeçada por Goebbels. Hoje, com a internet, as redes sociais, a inteligência artificial, aquela máquina de fakes parece brincadeira de criança. Azeitada, qualquer atrocidade inimaginável pode ser feita e perfeitamente justificada.

Hanna Arendt filósofa alemã, uma judia ashkenazi, havia matado a segunda charada. Segundo ela, os judeus aceitaram resignadamente seu destino, sob orientação das próprias lideranças judias, que tinham uma banca de negociação com os chefões nazistas. Em acordos e conversações, liberavam alguns líderes, compravam liberdades e facilidades em alguns guetos. É previsível o rebu que isso causou na comunidade judia, no pós guerra, com uma perseguição atroz à filósofa. A comunidade judia, tão penalizada durante o período que culminou com um dos crimes mais tenebrosos contra a raça humana, nunca quis assumir a parte de sua responsabilidade no Holocausto.

Hoje, o filme se repete. A população mais desfavorecida tem uma grande fatia que defende seus opressores. Boa parte dos imigrantes americanos, de negros, homossexuais e outras minorias votou em Trump. No Brasil, pululam os famosos pobres de Direita, o gado que defende a ferro e fogo o dono do frigorífico. O proletário que vota no patronato. Tim Maia, na sua irreverência, dizia que um dos motivos porque o Brasil não tinha conserto é que aqui o pobre é de Direita.

É triste essa revelação, mas o mundo evoluiu pouco no que diz à sua humanidade. Todas as atrocidades que se avolumam nos nossos livros de História estão, perfeitamente, prontas a preencherem novamente nossas páginas policiais. A qualquer momento um louco qualquer de plantão, eleito de maneira inconteste pela população, poderá apertar um botão e destruir o planeta inteiro. E, o mais desapontador de tudo: sob o aval e os aplausos calorosas da maior parte dos seus seguidores. Acabado tudo, algum sobrevivente poderá rascunhar essa história com riscos rupestres, em alguma caverna. Igulazinha àquela onde tudo começou e de onde, ao menos em humanidade, o Homo sapiens nunca arredou o pé.

Por J. Flávio Vieira. Médico e escritor. Membro do Instituto Cultural do Cariri (ICC). Agraciado com a Medalha do Mérito Bárbara de Alencar

*Este texto é de inteira responsabilidade do autor, e não reflete, necessariamente, a opinião do Revista Cariri

Revista Cariri Recomenda

Os perigos silenciosos de uma noite mal dormida – Por Mirta Lourenço
Colunistas

Os perigos silenciosos de uma noite mal dormida – Por Mirta Lourenço

6 de dezembro de 2025
Três questões anuladas, uma confiança destruída – Por Mirta Lourenço
Colunistas

Três questões anuladas, uma confiança destruída – Por Mirta Lourenço

22 de novembro de 2025
Agricultores de estrelas – Por Alexandre Lucas
Colunistas

Agricultores de estrelas – Por Alexandre Lucas

20 de novembro de 2025
Ceará é o 2º estado do Nordeste com mais inscrições confirmadas no Enem 2025
Colunistas

Segundo dia do Enem: Presença, Foco e Futuro – Por Mirta Lourenço

15 de novembro de 2025
Próximos
Enel prorroga campanha de renegociação de dívidas com desconto de até 30%

Aneel mantém bandeira verde na conta de luz em fevereiro

Romeu Aldigueri toma posse como presidente da Assembleia Legislativa do Ceará

Romeu Aldigueri toma posse como presidente da Assembleia Legislativa do Ceará

Conheça a nova técnica com “cimento injetável” que promete fortalecer ossos e acelerar tratamento da osteoporose

Conheça a nova técnica com "cimento injetável" que promete fortalecer ossos e acelerar tratamento da osteoporose

Mais Lidas

  • Elmano anuncia pagamento da segunda parcela do 13º e antecipação da folha de dezembro

    Elmano anuncia pagamento da segunda parcela do 13º e antecipação da folha de dezembro

  • Acréscimo de 25% pode aumentar aposentadoria do INSS; saiba como solicitar

  • Carro desgovernado atropela duas mulheres e invade casas em Várzea Alegre

  • Datafolha aponta vantagem de Lula sobre Flávio Bolsonaro e Tarcísio em cenários para 2026

  • Seleção Brasileira conhece tabela da fase de grupos da Copa de 2026

© Revista Cariri - Desenvolvido por Clik Design.

Sem Resultado
Ver resultados

© Revista Cariri - Desenvolvido por Clik Design.

Controle sua privacidade
Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento.
Funcional Sempre ativo
O armazenamento ou acesso técnico é estritamente necessário para a finalidade legítima de permitir a utilização de um serviço específico explicitamente solicitado pelo assinante ou utilizador, ou com a finalidade exclusiva de efetuar a transmissão de uma comunicação através de uma rede de comunicações eletrónicas.
Preferências
O armazenamento ou acesso técnico é necessário para o propósito legítimo de armazenar preferências que não são solicitadas pelo assinante ou usuário.
Estatísticas
O armazenamento ou acesso técnico que é usado exclusivamente para fins estatísticos. O armazenamento técnico ou acesso que é usado exclusivamente para fins estatísticos anônimos. Sem uma intimação, conformidade voluntária por parte de seu provedor de serviços de Internet ou registros adicionais de terceiros, as informações armazenadas ou recuperadas apenas para esse fim geralmente não podem ser usadas para identificá-lo.
Marketing
O armazenamento ou acesso técnico é necessário para criar perfis de usuário para enviar publicidade ou para rastrear o usuário em um site ou em vários sites para fins de marketing semelhantes.
Gerenciar opções Gerenciar serviços Manage {vendor_count} vendors Leia mais sobre esses propósitos
Ver preferências
{title} {title} {title}
WhatsApp chat