Se me tenta el diablo
Ou sobre os meus ombros
Pesa a sombra de alguma tristeza
Tomo vinho, danço um tango
Pois pela graça divina nasci cigano
Sei dessa vida os caminhos
E que nessa estrada e jornada
Como as caravanas tudo passa.
Cordão de ouro, punhal de prata
O mundo é minha pátria
Felicidade minha estrela guia
Se me tenta el diablo
Ou sobre os meus ombros
Pesa a sombra de alguma tristeza
Bebo vinho, danço um tango
Soy gitano
E giro a luz da lua bailando
Sob manto de estrelas e astros
Soy, soy gitano
Pela graça no altar de Santa Sara
Minha vida consagrada
Cavaleiro de Andaluzia
Deus é quem me guarda
noite e dia!
Cordão de ouro, punhal de prata
Doce vida, mel de romã
Vou girando dentro dos giros
que vai girando o mundo.
Que nada se leva
o sal de toda lágrima a terra bebe
E além sempre outro dia vem
Sol que brilha, cordão de ouro
Trazendo a noite astros, luares
prateando a areia, punhal de prata
Soy gitano
O vinho
E vou bailando nesse tango
Que a felicidade é minha estrela guia
Sou cigano!
Por Fabiano Brito. Cratense, cronista e poeta com três livros publicados: “O Livro de Eros”, “Ave Poesia” e “Lunário Nordestino” (Editora UICLAP)
*Este texto é de inteira responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Revista Cariri