Segue a procissão
Cordão de gente
Se arrastando pelo chão
Bocas em oração
Que essa vida
Oh! Pai
Está pela hora da morte!
Rasga a terra
as garras do ódio
Caim matando Abel
Tantos infernos
tão pouco céu.
Que essa vida
Oh! Pai
Vai virando os sonhos
pelo vento da desventura
em pó.
Desespero, desesperança
Nas mãos que não alcançam.
Que essa vida
Oh! Pai
Está pela hora da morte!
Bocas em oração
Te pedimos outra sorte
O brilho de outro sol nascente
na terra a toda gente.
Segue a procissão
Cordão de gente
Se arrastando pelo chão
Bocas em oração
Que essa vida
Oh! Pai
Está pela hora da morte!
Por Fabiano Brito. Cratense, cronista e poeta com três livros publicados: “O Livro de Eros”, “Ave Poesia” e “Lunário Nordestino” (Editora UICLAP)
*Este texto é de inteira responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Revista Cariri