Não Bigulim
Eu não sou descrente das coisas deste mundo
E menos ainda das coisas do celeste.
Apenas creio de forma diversa
Destas formas que mais parecem uma
troca
Somos bichos livres, nascemos assim
o divino nos deu razão para agir, viver
por nossas próprias razões.
Não sou afeito a manadas guiadas
ou por razões alheias as minhas
ser tocado no aboio como gado.
Nasci assim feito vento
que quando para uma banda sopra
Segue rumo e prumo por cima de pau e pedra.
E se você me perguntar Bigulim
Se estou certo ou errado
Eu lhe digo:
— Depois que completar a soma
dos meus passos nesta jornada
e eu partir
Quem vai lembrar de mim?
Se errado ou certo
de uma coisa fique certo
Eu vivi!
Por Fabiano Brito. Cratense, cronista e poeta com três livros publicados: “O Livro de Eros”, “Ave Poesia” e “Lunário Nordestino” (Editora UICLAP)
*Este texto é de inteira responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Revista Cariri