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Os enigmas da esfinge (as lições de 2020) – Por J. Flávio Vieira

Colunista escreve semanalmente no Revista Cariri

2 de janeiro de 2021
Os enigmas da esfinge (as lições de 2020) – Por J. Flávio Vieira

(Foto: iStock/Getty Images)

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“As verdades que nos salvam sempre foram anunciadas
por uma minoria…e rejeitadas pela maioria.”
Rabindranath Tagore

Escorraçado pela ampulheta do tempo, este ano trágico de 2020 deixou pairando no ar uma pergunta enigmática que, como a da voraz esfinge de Gizé, precisa ser respondida. O que ficou como legado, para além dos quase duzentos mil mortos, da dor, do sofrimento, da solidão, da apatia e sociopatia governamental? Há lições a serem decodificadas de um período tão trágico e doloroso? Com tanto caldo cítrico escorrendo pelos rios da vida, tem como se preparar um suco? Após as grandes tragédias, alguém já frisou, há dois caminhos: alguns abrem a porta do aprendizado e aperfeiçoamento, outros o da barbárie.

Os que resolveram perlustrar a primeira porta observaram que muitas lições podem ser depreendidas. A primeira delas é que a Ciência é a única tábua possível de salvação em meio à correnteza. Os milagres a vista e a prestação, o charlatanismo, o empirismo desenfreado, o negacionismo, as teorias conspiratórias, os remédios miraculosos tornaram-se os principais aliados da Velha da Foiçona.

A segunda grande constatação foi a da solidariedade que aflorou em fragmentos importantes da população e que nos remeteu novamente ao Homem Cordial de Sérgio Buarque. Claro que pulularam solidariedades de Selfies , típicas de uma elite que sempre optou pela caridade promocional à justiça social. Mas, em momento tão sofrido, até esta teve o seu valor. Encheu-nos os olhos, principalmente, a solidariedade dos pequenos, aquela dos movimentos dos morros e favelas, das ONGS e aquela dos moradores de rua que tantas e tantas vezes foram vistos dividindo o seu prato com os companheiros de infortúnio e até com seus animais de estimação.

Um outro aprendizado viu-se o nos profissionais de Saúde que enfrentaram a pandemia com uma bravura jamais vista. Viram-se totalmente desassistidos pela incúria do governo federal que tinham, na sua grande maioria, apoiado eleitoralmente e, além do medo, tiveram que conviver com a irresponsabilidade na falta de equipamentos de proteção, de compra de insumos e da surdez para com os ditames da Ciência. Assalariados, mal remunerados, na sua grande maioria, entregaram a força do seu trabalho e, muitas vezes, a sua vida e a de seus familiares, para minorar o sofrimento dos seu pares.

E, mais uma vez, na trágica História brasileira, são aos pequenos, aos pobres, aos desafortunados, aos invisíveis, aos Zé Ninguéns a quem devemos a possibilidade de todo o país não colapsar. Aos trabalhadores dos serviços essenciais: entregadores, garis, balconistas, caminhoneiros, frentistas, motoristas de táxi, ônibus e aplicativos, vendedores de rua… Enquanto as elites estavam em seus iates, apartamentos de luxo e nas baladas clandestinas, eles continuam, sob todo o risco, fazendo com que o gigante adormecido não entre em coma.

2021 chega com laivos de esperança e bom augúrios. Infelizmente, não viramos a página da história, como fazemos com as dos livros. A tragédia continua em outros atos e não sabemos quantos ainda restam. Montamos uma tempestade perfeita: juntamos uma pandemia inevitável com a insensibilidade negacionista de um governo incapaz de chefiar a grande batalha contra nosso inimigo comum. Cloroquina ao invés de vacina para combater uma gripezinha que só atinge os maricas e os que não são atletas. Afinal todo mundo morre, não sou coveiro, né? E daí?

Que venha 2021 e que aprendamos junto a última lição do ano da peste de 2020. As dez pragas do Egito dependeram, sim, da insensibilidade do Faraó escolhido dinasticamente por critérios familiares e monárquicos. Nossa grande catástrofe é que, no Brasil, fomos nós mesmos que escolhemos o Faraó, lhe pusemos no trono e o chamamos de mito.

Por J. Flávio Vieira, médico e escritor

*Este texto é de inteira responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Revista Cariri

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