Destino ou sina
O trilho que segue a nossa vida
Vamos indo, seguindo
Trens de ferro de carne e osso
Sem saber a paisagem que virá
além das curvas das horas.
Olhando sempre pra frente
Nas esperas, esperanças e sonhos
Em meio a travessia dos dias.
E vamos nós trens sobre os trilhos
Soltando fumaça, soprando cansaços
Nas lutas, lidas
Café com pão, bolacha não
Seu maquinista ponha lenha na caldeira
Que amanhã é segunda-feira
E os trens proletários operários
Precisam de vapor nos corpos maquinários
Na labuta pelos parcos salários.
Destino ou sina
O trilho que segue a nossa vida
Trens de ferro de carne e osso
Café fraco amargo
Pão dormido
A espera na estação
Nas esperas, esperanças e sonhos
Que nunca chegam
Café com pão
Bolacha não
Seu maquinista ponha lenha na caldeira
Que amanhã é segunda-feira
E os trens proletários operários
Precisam de vapor nos corpos maquinários
Na labuta pelos parcos salários.
Por Fabiano Brito. Cratense, cronista e poeta com três livros publicados: “O Livro de Eros”, “Ave Poesia” e “Lunário Nordestino” (Editora UICLAP)
*Este texto é de inteira responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Revista Cariri