A divina providência peço a inspiração
E a todos nessa audiência peço licença
Para cantar do nosso Nordeste
Suas belezas, cultura e tradição.
Na madeira esculpida com primor
Os entalhes formam as figuras
Retratando nosso cotidiano e história
Nas tábuas de xilogravuras.
Estendidos nas feiras os cordões
Neles dependurados a soma de tantos
populares poetas menestréis
No mágico condão dos cordéis.
Zoando no ar o som dos pífanos
Pratos, zabumba e caixas
Na cadência ritimada das bandas
cabaçais.
Esculpidas em formas, matéria,
e cores tantas
As figuras esculturas de tantos mestres
Em uma mistura de inspiração e criação.
Nos terreiros iluminados, brilho e cor
Reisado, Maneiropau, Xote, Forró e Xaxado.
Clareando as noites juninas
As fogueiras de Antonio, João e Pedro
O arrasta-pé puxado e ritimado ao som
da sanfona, triângulo e zabumba
Rasgando a noite inteira até o sol
nascer na barra.
A divina providência peço a inspiração
E a todos nessa audiência peço licença
Para cantar do nosso Nordeste
Suas belezas, cultura e tradição.
E digo com encanto, respeito e admiração
Da cultura nordestina aqui nascidos nesse chão
Patativa, Aderaldo, Chico Pedrosa,
Zeto do Pajeú, Lirinha, Zé Dantas, Pedro Bandeira, Oliveira, Severina Branca, Zé Limeira
Zabé da Loca, Os Irmãos Anicetos, Dedé de Luna, Padre Ágio, Otacílio e Lourival Batista, Pinto do Monteiro, Vitalino…
Por Fabiano Brito. Cratense, cronista e poeta com três livros publicados: “O Livro de Eros”, “Ave Poesia” e “Lunário Nordestino” (Editora UICLAP)
*Este texto é de inteira responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Revista Cariri