Vejo no espelho
das faces dos meus filhos
e mais além
no som dos passos
dos filhos dos meus filhos
uma imagem de infinito.
Um fio que se estende
prendendo o tempo
dentro de um mesmo instante.
Imaginária linha
que segue cingindo a história
no encadear dos dias
para, ainda quando, eu anoiteça
na outra ponta da linha eu amanheça.
Por Fabiano Brito. Cratense, cronista e poeta com três livros publicados: “O Livro de Eros”, “Ave Poesia” e “Lunário Nordestino” (Editora UICLAP)
*Este texto é de inteira responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Revista Cariri