Os nobres estandartes
Sempre guiaram exércitos de pobres.
A miséria Bigulim é a mãe das guerras.
Quem tem cobre sempre quer mais
E invocando do povo suas desgraças
Fazem crê aos miseráveis
Que a única forma de reverter
suas incontáveis mazelas
É seguir como soldado
A fila nacionalista de nobre estandarte.
No final ao rei, ouro e terras
Ao tolo povo medalhas de latão
E campos de corpos sepultados.
Desde que o mundo é mundo Bigulim
A toda gente, circo, guerra e parco pão
Justiça não
Nas entranhas medievais do tempo
Um castelo, dentro um rei,
No Portão pintado o seu estandarte
Onde uma fila estende as mãos
Pendindo esmolas para o pão.
Por Fabiano Brito. Cratense, cronista e poeta com três livros publicados: “O Livro de Eros”, “Ave Poesia” e “Lunário Nordestino” (Editora UICLAP)
*Este texto é de inteira responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Revista Cariri