Muitos no nosso país não reputam e nem buscam saber sobre o processo da construção social do Brasil, basta observar que nas últimas eleições presidências colocaram no poder um inapto com um bando de seguidores fanáticos e que propagam o obscurantismo e idolatram o fascismo destilando ódio e propagando mentiras diariamente.
O 1º de Maio é considerado como o dia do trabalhador. No Brasil, a data foi estabelecida em 1925 e de lá para cá adquiriu muita estampa, principalmente entre a classe operária brasileira. Sob a perspectiva jurídica, o 1º de Maio é um feriado porque assim está declarado por lei, e os feriados no Brasil só podem ser aqueles que a lei estabelece, com duas finalidades: pela vertente de comemoração cívica ou religiosa. Esse dia é feriado nacional no Brasil, em Portugal, Rússia, França, Espanha, Argentina, entre outras nações. Esta data representa o momento que os empregados e as empresas têm para refletir sobre as legislações trabalhistas, normas e demais regras de trabalho. A história do Dia do Trabalho surgiu em Chicago, nos Estados Unidos, em 1º de maio de 1886, quando muitos trabalhadores foram às ruas para protestar contra jornada exaustiva diária, que podia chegar até 17 horas. Se olharmos a história e as conquistas podemos considerar essa prática da época ultrajante. Mas por terras tupiniquins em 2017 a Reforma Trabalhista, em vigor desde novembro de 2017, alterou tópicos consideráveis da CLT, como férias, remuneração, jornada de trabalho, contribuição sindical, terceirização e plano de carreira. Embora não haja expediente para a maioria dos profissionais no Dia dos Trabalhadores, acontece normalmente o pagamento pelo dia em folha de pagamento. Só é possível por conta da lei nº 605/1949, que assim instituiu a regra e a data comemorativa, com a finalidade de nos lembrar do que já aconteceu e além de proporcionar novos avanços coletivos, especialmente em época em que a Reforma Trabalhista, a lei nº 13467/2017, tem buscado enfraquecer substancialmente.
Toda a situação causada pela pandemia veio à tona com práticas espúrias e degradantes vociferadas pelos seguidores da famílicia no poder e seus asseclas. O questionamento sobre o isolamento social, brigas internas nos esgotos do poder em Brasília entre militares, o gabinete do ódio ou crime como queiram, no parlamento, na PF, e na camada da mais baixa laia, nos rincões mais distantes do poder central do Palácio da Alvorada agora conhecido como o Palácio do Genocídio, os que ainda proclamam apoio ao fascista no poder. Exemplo disso temos no Ceará a postura de um membro da polícia hoje deputado federal eleito de forma democrática, acusando no Facebook (um ex- amigo se é que eles se consideram assim) um pastor de uma igreja evangélica por atos suspeitos de corrupção na pré-campanha do executivo na sucessão municipal da cidade de Juazeiro do Norte-CE coincidência ou não ligando o PSL a mais um possível escândalo com o fundo eleitoral, parece ser uma prática comum nas fileiras desse partido como a grande mídia já divulgou vários outros casos. Com uma simples busca no Facebook você encontra a bandalheira. “Capitão Wagner detona o gerente do PROS”, fora o discurso comum dos ratos que apoiaram o coveiro da pandemia que se apressam em tentar justificar ou por vezes bramar que não votaram na besta. Parece que a saída do rato líder do esgoto, o marreco de Maringá promoveu parte da manada a correr do apoio ao miliciano.
Enquanto isso o empresariado de médias e grandes empresas que sempre tiveram lucros e proclamam uma sociedade pautada no neoliberalismo, agora usam da prática keynesiana, na hora de reduzir o salário de seus colaboradores ou no cancelamento de contratos de trabalho, alegando a crise econômica que vivemos, ué, seus lucros anos a fio na exploração do trabalho não podem ser usados em prol do trabalhador? Tem que ser o Estado que eles tanto propagam como um estorvo ao crescimento econômico. Por que recorrem ao mesmo para continuar garantindo seus lucros com o discurso atrelado ao assédio moral de que se não for assim teremos que demitir. Assim o Estado serve para salvaguardar seu patrimônio com apoio direto do governo da milícia. Esse é o Brasil que a “elite” tanto gosta e apoia na calada da noite ou de forma descarada.
O discurso que o isolamento social vai prejudicar a economia é uma falácia, na verdade prejudica a acumulação de capital, pois sem trabalhador não existe labuta para garantir a riqueza da “elite”. Discurso antigo e lesivo do empresariado brasileiro que jamais se preocupou com o trabalhador imagina com o dia do trabalho. Essa escumalha, junto a um bando de imbecis fascistas e a turma dos ínscios contribuíram de maneira direta com o genocídio que estamos vivendo, e claro não podemos esquecer a turma de Paris, aqueles que preferiram passear e se abster do voto nas eleições passadas sob a famigerada justificativa que nada servia. Agora são responsáveis pelos óbitos da pandemia e a destruição do pouco que sobrou do Brasil.
Você que reproduziu e reproduz o discurso mentiroso da gripezinha e caixões com pedras a história não vai esquecer sua atitude espúria e mais que desprezível. Desejo que não perca nenhum ente seu para a gripezinha, mas lembro a você números de hoje: 1º de Maio de 2020. Brasil são 87.187 infectados, curados 35.935 e óbitos 6006 isso são números oficiais. Se observarmos as subnotificações esse número pode ser de aproximadamente 300.000 infectados e mortes acima de 30.000. Em Blumenau-SC com o isolamento social existia 68 casos com o afrouxamento do isolamento social o número já supera 170 infectados uma alta de 160%.
Se continuamos achando o conhecimento dispendioso a insipiência vai permanecer intocada e o trabalhador vai continuar sendo massacrado por uma minoria malfazeja que se defende de seus atos usando o nome do Deus deles. Não esqueçamos que na colonização da África enforcavam crianças com a bíblia na mão. 1º de Maio. E daí, trabalhador brasileiro?
Por Sandro Leonel. Um kaririense inquieto
*Este texto é de inteira responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Revista Cariri