Careço fazer da vida
A cal, razão para cantar
Que minha voz sozinha
Encontre o eco de tantas outras
Claro, uníssono coral
Varando praças, ruas, o ar
Porque apesar do que pesa
Atlas em cada ombro
Carregando o mundo
É preciso cantar.
Sempre haverá, será
nas janelas a luz, o sol
Que brota nas sementes
de novos amanhãs.
Ser fera entre as paredes
Cinzas de cimento e aço.
Careço fazer da vida
Jardim, roçado, campo
E tudo onde brote
e germine as sementes
de flores e grãos
da beleza e pão
Esperança
Careço fazer da vida razão
para cantar!
Por Fabiano Brito. Cratense, cronista e poeta com três livros publicados: “O Livro de Eros”, “Ave Poesia” e “Lunário Nordestino” (Editora UICLAP)
*Este texto é de inteira responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Revista Cariri