Nas trincheiras das secas
nordestinas
Santos guerreiros a iluminar
o sertão
Lourenço e Conselheiro!
A cruz contra a espada,
o escudo da divina providência
para vencer dos poderosos
o peso da mão da opressão.
Que quem é forte e tem fé
Não se entrega a má sorte.
Sob o sol inclemente
Sobre a terra estéril
Brotaram em meio ao pó
Sementes em forma de gente
Santos guerreiros a iluminar
Canudos e Caldeirão
Lavouras de luta na caatinga do
sertão.
No Arraial do Conselheiro Peregrino
Na Santa Cruz do Deserto do Beato
O povo desvalido pela seca e escravidão
tangidos
Um pedaço de terra no chão
Sobre a mesa o sustento
pra não se morrer de fome matado.
Santos guerreiros a iluminar o sertão
Santos guerreiros a iluminar o sertão
Canudos e Caldeirão.
Por Fabiano Brito. Cratense, cronista e poeta com três livros publicados: “O Livro de Eros”, “Ave Poesia” e “Lunário Nordestino” (Editora UICLAP)
*Este texto é de inteira responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Revista Cariri