Sou, aqui sentado
sozinho em silêncio
Na penumbra do meu
quarto
Um Quixote cansado de
lutas
Na certeza que não vencerei
nunca
Os moinhos de vento da vida.
Entrego lança e espada
a fome da ferrugem
E deixo livre o meu corcel
nos campos do mundo.
Não irei mais a lugar nenhum
Não avançarei mais sobre os
monstros terrenos
Lutando com honra e destemor
Permanecerei estático em agonia
Esperando o último pôr do sol
Que me será dado pelas mãos
do destino
Pois talvez seja preciso morrer
para alcançar a gênesis de um
novo tempo
Onde reine paz sobre os homens
E não manche o chão o sangue
derramado em nome de uma
guerra.
Por Fabiano Brito. Cratense, cronista e poeta com três livros publicados: “O Livro de Eros”, “Ave Poesia” e “Lunário Nordestino” (Editora UICLAP)
*Este texto é de inteira responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Revista Cariri