Acordei com o sol invadindo o quarto, como se os raios de luz fossem mensageiros de uma nova oportunidade. Era um daqueles dias em que o universo parecia sussurrar: “Acordei e decidi ser feliz!”.
Levantei da cama com uma disposição diferente, como se a energia positiva do dia anterior tivesse se infiltrado nos meus sonhos e decidido ficar. O café da manhã, normalmente apressado e automático, ganhou um sabor especial. Cada gole de café era como um brinde à vida, e as torradas, simples pedaços de felicidade crocante.
Decidi vestir cores vibrantes, abandonando o cinza que costumava dominar meu guarda-roupa. As roupas tornaram-se uma extensão da minha alegria recém-descoberta. Caminhei pela rua com um sorriso nos lábios, cumprimentando estranhos como se fossem velhos amigos. As pessoas, surpresas com a minha mudança, retribuíam os sorrisos e cumprimentos, criando uma corrente de positividade que se espalhava pelo ar.
No trabalho, em vez de me perder nos afazeres rotineiros, decidi dar um passo além. Colaborei com colegas, compartilhei ideias inovadoras e enxerguei desafios como oportunidades de crescimento. As horas voaram, mas o cansaço habitual deu lugar a uma sensação de realização. O escritório transformou-se em um palco onde desempenhei o papel de protagonista da minha própria felicidade.
No almoço, escolhi um restaurante que nunca havia experimentado, e o cardápio se tornou uma aventura gastronômica. Cada garfada era um convite para explorar novos sabores, uma metáfora perfeita para o caminho que escolhi seguir. A vida, como um grande banquete, ganhou nuances antes imperceptíveis.
À tarde, reservei um tempo para uma atividade que sempre quis fazer, mas que sempre adiava: aprendi a tocar violão. As notas fluíam conforme eu dedilhava as cordas, criando uma melodia que era a trilha sonora da minha jornada rumo à felicidade. Descobri que a música não só preenchia o ambiente, mas também preenchia os espaços vazios dentro de mim.
Ao pôr do sol, enquanto as cores do céu se transformavam em uma paleta de tons quentes, percebi que cada momento daquele dia especial era uma celebração. Decidi não me preocupar com o que o amanhã traria, pois sabia que o presente já era um presente. Acordei e decidi ser feliz, e nessa escolha encontrei um caminho iluminado por sorrisos, gratidão e a promessa de dias ainda mais radiantes.
Por Mirta Lourenço. Médica, professora, cronista e poetisa
*Este texto é de inteira responsabilidade da autora, e não reflete, necessariamente, a opinião do Revista Cariri