Longa é a jornada e a estrada
Onde segue a boiada
Pela visão de melhores pastos
Gado e gente se misturam na mesma sina
Viver assim tangidos nos caminhos
Em aboios de sonhos e esperança.
E nunca o passo cansa
nas esperas que se espera das bonanças.
Longa é a jornada e a estrada
Onde segue a boiada
Boi marruá não se doma
Rasga a terra, quebra a cerca
Pra ser livre do cabresto e do farpado
Enfrenta a luta, muda a lida
Revira o prumo, muda o rumo da manada
Sabe que além depois do cercado
Liberdade!
Longa é a jornada e a estrada
Onde segue a boiada
Há de ser um dia
nas jornadas
nas estradas
Todo gado e toda gente
Boi marruá que não se doma
Rasga a terra, quebra a cerca
Pra ser livre do cabresto e do fardado
Além do cercado
Liberdade!
Por Fabiano Brito. Cratense, cronista e poeta com três livros publicados: “O Livro de Eros”, “Ave Poesia” e “Lunário Nordestino” (Editora UICLAP)
*Este texto é de inteira responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Revista Cariri