Quero que fique marcado
na luz deste sol se pondo
Selo sobre um tempo ano
que finda
Prenúncio de outro que rompe
dentro dos giros do mundo
A minha fala
e bem vos digo:
Apesar dos tantos desenganos
E fúria dos insanos
O meu canto não é desencanto
Resisto, creio, vislumbro
Ao tempo que chega
Abraço pela esperança!
Será amanhã a chave
Abrindo a porta de nova luz
Sobre as sombras do tempo
que se fecha neste último poente.
Resisto, creio, vislumbro
A liberdade de um tempo
Construído pela palavra
Sem mordaças, sem trapaças
Resisto
Creio
Vislumbro
Feliz ano novo!
Por Fabiano Brito. Cratense, cronista e poeta com três livros publicados: “O Livro de Eros”, “Ave Poesia” e “Lunário Nordestino” (Editora UICLAP)
*Este texto é de inteira responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Revista Cariri