A sorte é cega
E só ganha quem acredita
nela
Presos a um destino
Nas páginas do livro de nossas
sinas
Cada dia a vida nos ensina
a lição
Para navegar o barco
nas marés das horas.
A sorte é cega
Nem tudo que brilha é luz
Antes das curvas da estrada
Nada sabe o nossos passos
Além das esperas, esperanças
Que se guardam nas palmas de
nossas mãos.
A sorte é cega
Sobre a mesa lançamos os dados
Para colher a soma de tudo que
nos cabe
No peso que pesa nos pratos da
balança
Ainda que tantas vezes nos sobre
o copo, o prato, vazios
E a gente siga por um fio
entre a razão e a loucura
Com a boca cheia de desesperança
Olhos postos na janela, olhando
a vida passar, lá fora.
A sorte é cega
E só ganha quem acredita
nela
Presos a um destino
Nas páginas do livro de nossas
sinas.
Por Fabiano Brito. Cratense, cronista e poeta com três livros publicados: “O Livro de Eros”, “Ave Poesia” e “Lunário Nordestino” (Editora UICLAP)










