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A epidemia das “bets” e o vício em apostas: um desafio para a sociedade – Por Mirta Lourenço

Colunista escreve semanalmente no Revista Cariri

12 de outubro de 2024
Governo prepara MP para taxação de apostas eletrônicas

(Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)

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Nos últimos anos, o Brasil viu uma explosão no mercado de apostas online, popularmente conhecidas como “bets”. Com a facilidade de acesso por meio de smartphones e computadores, além de propagandas frequentes em eventos esportivos e mídias sociais, essas plataformas se tornaram parte do cotidiano de milhões de brasileiros. No entanto, junto com a popularidade, cresce também um grave problema: o vício em apostas, que se revela como uma nova e silenciosa epidemia.

O mercado de apostas online no Brasil deu um salto considerável desde que as apostas esportivas de “quota fixa” foram legalizadas em 2018. Desde então, milhares de sites de apostas, muitos deles hospedados no exterior, passaram a oferecer seus serviços ao público brasileiro. O crescimento foi impulsionado por diversas razões: desde a promessa de grandes lucros até a adrenalina proporcionada pelo jogo, além de campanhas de marketing agressivas que incluem patrocínios de times de futebol e celebridades.

De acordo com estimativas, o setor de apostas online movimenta bilhões de reais anualmente no Brasil. A facilidade de acesso e a ausência de uma regulamentação efetiva até recentemente criaram um ambiente propício para a proliferação dessas plataformas.

O vício em apostas: uma doença silenciosa
O que muitas vezes começa como uma brincadeira ou um passatempo pode rapidamente se transformar em um problema grave. O vício em apostas, também conhecido como “ludopatia”, é uma condição em que a pessoa perde o controle sobre o ato de apostar, comprometendo sua vida financeira, emocional e social. A sensação de euforia ao ganhar, somada ao desejo de recuperar perdas, cria um ciclo vicioso difícil de quebrar.

As apostas online, diferentemente de cassinos físicos, estão disponíveis 24 horas por dia, sete dias por semana. Isso amplia o risco de dependência, já que os apostadores podem jogar a qualquer momento, sem restrições geográficas ou temporais. Estudos indicam que o vício em apostas está fortemente associado a problemas como depressão, ansiedade, insônia e até suicídio.

Além do impacto direto na vida do apostador, o vício em bets afeta as famílias e a sociedade como um todo. O endividamento é um dos problemas mais comuns, e muitos apostadores recorrem a empréstimos ou vendem bens para continuar jogando, agravando sua situação financeira. Em casos extremos, essa compulsão pode levar ao desemprego, à separação de famílias e até a comportamentos criminosos.

Um levantamento realizado pela Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão revelou que, em agosto de 2024, beneficiários do programa Bolsa Família gastaram R$ 3 bilhões em apostas online, evidenciando como até mesmo pessoas em situação de vulnerabilidade estão sendo capturadas por esse mercado.

A regulamentação e o combate ao vício
O Brasil deu os primeiros passos para tentar regulamentar o mercado de apostas com a criação de leis que controlam a atuação dessas plataformas. Recentemente, o governo começou a impor regras mais rígidas para empresas de apostas, exigindo, entre outras coisas, o pagamento de impostos e o cumprimento de padrões de proteção aos consumidores. Em outubro de 2024, o Ministério da Fazenda divulgou uma lista de sites de apostas ilegais que serão bloqueados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), na tentativa de proteger os consumidores de fraudes e práticas abusivas.

No entanto, a regulamentação por si só não é suficiente para conter o avanço do vício em apostas. O combate a esse problema requer uma abordagem multidimensional, que inclua políticas públicas de conscientização, suporte psicológico para os afetados e programas de prevenção. Além disso, é fundamental que campanhas publicitárias e plataformas de apostas adotem medidas mais responsáveis, alertando os usuários sobre os riscos e oferecendo opções de autolimitação.

Caminhos para enfrentar a epidemia
Para enfrentar a crescente epidemia das bets e o vício em apostas, algumas iniciativas já estão sendo discutidas e implementadas, tanto no Brasil quanto em outros países. Entre as principais estratégias estão:

1. Educação e conscientização: Campanhas de conscientização podem ajudar a educar o público sobre os riscos do vício em apostas, especialmente os mais jovens, que são o público-alvo de muitas dessas plataformas.

2. Apoio psicológico: É crucial disponibilizar redes de apoio para aqueles que já estão viciados. Programas de tratamento e reabilitação para ludopatas são essenciais para interromper o ciclo vicioso.

3. Regulamentação mais rigorosa: Embora a regulamentação tenha avançado, ainda há muito a ser feito para garantir que as empresas operem de maneira transparente e que os apostadores sejam protegidos contra práticas abusivas.

4. Limitações de publicidade: Muitos países têm adotado restrições à publicidade de apostas, especialmente durante eventos esportivos. No Brasil, essa discussão é urgente, considerando o grande alcance das propagandas de bets.

5. Ferramentas de controle: Algumas plataformas de apostas já oferecem ferramentas de autolimitação, permitindo que os usuários estabeleçam limites de tempo e dinheiro gasto. Essas ferramentas podem ser ampliadas e mais divulgadas para mitigar os riscos de dependência.

A popularidade das bets no Brasil trouxe um novo e significativo desafio para a saúde pública e a sociedade em geral. Embora o mercado de apostas online seja uma realidade e movimente grandes somas de dinheiro, o vício em apostas é um problema sério que não pode ser ignorado. A regulamentação e o bloqueio de empresas ilegais são passos importantes, mas o caminho para enfrentar essa epidemia envolve um esforço conjunto entre governo, empresas e sociedade civil, a fim de proteger aqueles que estão em risco e oferecer suporte a quem já foi afetado.

Por Mirta Lourenço. Médica, professora, cronista e poetisa

*Este artigo é de inteira responsabilidade da autora, e não reflete, necessariamente, a opinião do Revista Cariri

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