O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizou na manhã deste sábado (8), o Dia Nacional de Divulgação e Disseminação do Censo 2022. O instituto organizou pontos de divulgação da pesquisa em 18 capitais do País, em locais como praias, parques e shoppings, com o intuito de estimular a população a receber o recenseador e responder ao Censo 2022.
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Iniciada em 1º de agosto, a coleta do Censo 2022 foi prorrogada nesta semana para durar até o início de dezembro, devido à falta de recenseadores e por causa de dificuldades encontradas em alguns setores censitários em responder à pesquisa, especialmente nas classes de rendimento mais altas.
Segundo Eugênia Ribeiro de Almeida, coordenadora técnica do Censo Demográfico 2022 no Ceará, o estado possui índices de recusas e de ausências considerados preocupantes. “Os recenseadores têm passado nos domicílios em dias e horários diferentes e ainda assim não têm encontrado ninguém para responder a pesquisa. Nesses casos, o recenseador deixa um recado impresso informando um contato para que a pessoa possa dar um retorno e marcar uma hora mais propícia para a visita. No entanto, também temos vários casos de recusa em receber o IBGE e prestar informações”, destaca.
A gestora lembra que a mesma lei (nº.5.534) que rege a obrigatoriedade do cidadão responder ao Censo também garante o sigilo das informações prestadas.
“Estamos hoje na rua para conversar com as pessoas e falar dessa pesquisa que é ao mesmo tempo tão volumosa e também importantíssima para o Brasil. É ela que vai permitir que o Ceará seja retratado com efetividade. Vemos que as negativas para responder ao Censo acontecem porque as pessoas simplesmente desconhecem para que serve a maior pesquisa do País, que é utilizada para o planejamento das políticas públicas de Norte a Sul”, ressalta.
Dentre outras finalidades, o Censo contribui para subsidiar a distribuição da verba federal de acordo com a população de cada cidade; obter as tendências de nascimentos e mortes para elaboração de estimativas populacionais e balizar pesquisas acadêmicas e outros levantamentos.
São investigadas características da população como trabalho, rendimento, religião, pessoas com deficiência, migração etc.
A recenseadora Eurides Vieira diz que em um dia bom, costuma visitar cerca de 30 casas das 8 às 17 horas — nos dias em que recebe alguns “não” ou não encontra ninguém no domicílio, o número cai para 23, em média.
“Costumo abordar as pessoas de forma simpática e com um sorriso no rosto. Minha identificação está à mostra e vou sempre fardada para evitar que as pessoas pensem que é algum tipo de golpe. Mas mesmo assim, ainda encontro bastante resistência no trabalho do dia a dia”, lamenta.
O recenseador pode ser identificado não só pelo fardamento (boné e colete impresso com o número de telefone para consultas 0800-721-8181) mas também pelo crachá, que possui um QR code (tipo de código de barras que pode ser facilmente escaneado usando a câmera do celular). O profissional também estará portando o equipamento móvel de coleta, que é o aparelho usado para a aplicação do questionário e que se assemelha a um smartphone.
Por Flávia Oliveira
Fonte: O Povo