A ferrovia Transnordestina alcançou 71% de execução em sua Fase 1 e segue com recursos assegurados para acelerar as obras no Ceará. A garantia foi dada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, durante visita técnica a Piquet Carneiro, no Sertão Central cearense, nesta quinta-feira (14). O ministro esteve acompanhado pelo governador do Ceará, Elmano de Freitas, e pela vice-governadora Jade Romero, entre outras autoridades.
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Estratégica para a economia brasileira, a Transnordestina facilitará o escoamento de grãos, fertilizantes, cimento, combustíveis e minérios, aumentando a integração e rapidez no transporte de mercadorias pela região. Segundo Rui Costa, a obra, que integra o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), é uma prioridade do governo federal. “O recurso está garantido; agora, o que precisamos é que a empresa contratada acelere todas as etapas. Acreditamos que um país continental como o Brasil necessita de uma infraestrutura logística robusta para garantir pleno desenvolvimento”, afirmou o ministro.
A previsão é que a Fase 1 da ferrovia seja concluída até 2027, com a Fase 2 finalizada até 2029. Para viabilizar o projeto, a ferrovia contará com um aporte de R$ 3,6 bilhões, por meio de crédito do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE). Na última semana, a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) autorizou o Banco do Nordeste a firmar um aditivo junto à Transnordestina Logística (TLSA), empresa responsável pela construção do trecho que vai de Eliseu Martins, no Piauí, ao Porto do Pecém, no Ceará.

O governador Elmano de Freitas destacou que a Transnordestina vai aumentar a produtividade e reduzir custos logísticos para setores estratégicos no estado. “Essa ferrovia é como se fossem 240 carretas emendadas. Ela possibilitará, por exemplo, o transporte de insumos para a bacia leiteira e o escoamento de produtos como soja e milho a preços mais acessíveis. Indústrias locais, como as fábricas de calçados, terão um frete reduzido, tornando-as mais competitivas e atraindo novas empresas para o Ceará, o Cariri e o Centro-Sul do estado”, afirmou.
A obra também prevê, na Fase 3, a integração com a ferrovia Norte-Sul, conectando portos nos estados do Maranhão, Ceará, Pernambuco, Bahia e São Paulo. “O presidente Lula concluiu a Norte-Sul, e nossa ideia é unir as malhas ferroviária e portuária do país. Conectada à Norte-Sul, a Transnordestina permitirá que donos de carga escolham a opção logística mais econômica”, disse Rui Costa.
Impactos no desenvolvimento regional
Desde seu início, a construção da Transnordestina já movimentou mais de R$ 7,5 bilhões, gerando emprego e renda nas regiões por onde passa. A ferrovia, com extensão total de 1.206 km, atravessa 53 municípios nos estados do Piauí, Ceará e Pernambuco, ligando Eliseu Martins (PI) ao Porto do Pecém (CE) e passando por Salgueiro (PE).

No Ceará, a linha principal da ferrovia terá 608 km e contemplará 28 municípios, com três terminais de carga previstos. Isso permitirá o atendimento a grandes produtores de grãos no Piauí, além de pequenos e médios agricultores e pecuaristas cearenses, reduzindo custos de transporte e aumentando a competitividade. Um dos terminais, focado no transporte de grãos, será construído na região entre Iguatu e Quixadá.
As obras da Fase 1, que abrangem o trecho de Paes Landim (PI) ao Porto do Pecém (CE), seguem com 71% de execução.










