O Festival Ceará Sem Fome, realizado neste sábado (15), em Fortaleza, evidenciou o primeiro ano de execução do programa estadual que é referência nacional no combate à fome. O Festival reuniu, no Centro de Eventos, milhares de pessoas, entre autoridades, voluntários das cozinhas do programa e público em geral.
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O evento teve espaços e atividades que exaltaram a culinária popular, a alimentação saudável e o aproveitamento eficiente dos alimentos. Centenas de voluntários das cozinhas do Ceará Sem Fome foram os verdadeiros protagonistas. Eles e elas mostraram que união e entusiasmo também são ingredientes indispensáveis para garantir a segurança alimentar de milhares de cearenses.
A programação contou com as presenças da culinarista e apresentadora, Bela Gil, e da empreendedora social e fundadora do projeto Favela Orgânica, Regina Tchelly.
A força das cozinhas
O Ceará Sem Fome tem 1.080 cozinhas distribuídas em todas as regiões do estado, produzindo mais de 100 mil refeições diárias para pessoas em situação de vulnerabilidade social. Além disso, o cartão do programa beneficia cerca de 53 mil famílias que recebem, mensalmente, o valor de R$ 300 para aquisição de alimentos. Mais de 3 mil estabelecimentos estão credenciados.
Presente no evento, o governador Elmano de Freitas visitou os stands e anunciou ampliação no programa que tem cerca de R$ 400 milhões em investimento. “Nós estamos discutindo a ampliação do número de cozinhas e beneficiários. Queremos ampliar a partir de julho. Enquanto tiver cearense passando fome, vai ter apoio às cozinhas”, afirmou.
A força das cozinhas para o êxito do programa foi destacada pela primeira-dama do Estado e presidente do Comitê Intersetorial de Governança do Ceará Sem Fome, Lia de Freitas. “Mais de 2 mil mulheres e homens fazem as 100 mil refeições. Trouxemos todos para o Festival, sendo 120 delas selecionadas para produzir as refeições aqui. Essa ação é para mostrar que tem qualidade, sabor, amor e solidariedade”, enfatizou.
O momento, segundo ela, também serviu para celebrar os resultados com a sociedade civil e os parceiros. Em sete meses de cozinhas em funcionamento, mais de 13 milhões de refeições foram entregues. “Um Ceará Sem Fome só é possível com a união dos poderes, das igrejas, iniciativa privada. Celebramos hoje o grande Pacto por um Ceará Sem Fome”, acrescentou Lia de Freitas.
Bela Gil destacou o poder transformador das cozinhas. “Os voluntários exercem um papel fundamental na vida das pessoas que é garantir um direito básico, a alimentação adequada e saudável. Admiro muito o Ceará Sem Fome e acredito que ele deve ser replicado para o Brasil inteiro, porque só assim a gente consegue concretizar a boa alimentação”, defendeu.
No dia 12 deste mês, o Governo do Estado ampliou a atuação do programa com o lançamento do Ceará Sem Fome + Qualificação e Renda. Essa nova etapa consiste em promover a capacitação de beneficiários do programa e voluntários das cozinhas. O investimento é de R$ 56 milhões, em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).