O destaque do Ceará na área da educação se mantem firme de acordo com os resultados da Síntese de Indicadores Sociais (SIS), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística nesta quarta-feira (6). No estado, 63,3% dos jovens de 18 a 29 anos têm no mínimo 12 anos de estudo – ou seja, concluíram os ensinos fundamental e médio. É o segundo melhor índice do Nordeste.
O número aumentou 4,8 pontos percentuais desde 2016, passando de 58,5% naquele ano para 63,3% dos jovens cearenses em 2018. A liderança no indicador, porém, é do estado de Pernambuco, onde 64,5% das pessoas naquela faixa etária cursaram os 12 anos do ensino básico (nove do ensino fundamental mais três do ensino médio).
Apesar do bom resultado, outra perspectiva mostra que os 36,7% restantes dos jovens de 18 a 29 anos do Ceará ainda não estudaram o período mínimo para conclusão do ensino básico.
Frequência
A educação cearense também desponta como líder nos índices de frequência escolar, principalmente nos níveis iniciais. Quase todas (98%) as crianças de 6 a 14 anos de idade estão cursando o ensino fundamental (EF), quinto melhor resultado do Brasil; e 90,5% dos meninos e meninas de 11 a 14 anos estão nos anos finais do EF.
Por outro lado, a garantia da idade certa no ensino médio (EM) ainda exige crescimento: um a cada quatro estudantes de 15 a 17 anos não está nas séries finais da educação básica. De acordo com o estudo, 73,5% dos adolescentes cearenses estão cursando o EM, contra 26,6% que estão atrasados ou fora da escola (a pesquisa não especifica essas condições). Apesar disso, o índice foi o quinto melhor do Brasil.
Escola pública prevalece no ensino médio
A síntese mostrou, ainda, a porcentagem de cearenses que frequentam instituições públicas e privadas, conforme os níveis de ensino. No ensino infantil, 69% das crianças estão na rede pública, 31% na privada; no fundamental, 77,6% estudam em escolas públicas, 22,4% em privadas; no médio, os índices são de 88,8% e 11,2%, respectivamente.
A situação se inverte quando os cearenses chegam ao ensino superior: menos de um terço ocupa as vagas públicas e 67,6% recorrem às universidades e faculdades privadas. Recortando apenas a capital, a diferença é ainda maior: 29% dos fortalezenses estão nas instituições de ensino superior públicas, contra 71% que ocupam a rede privada.
A SIS 2019 é baseada, segundo o IBGE, nas edições da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) de 2012 a 2018, e mostra também o panorama dos estados e capitais no mercado de trabalho.
Fonte: G1 CE