O Ceará registrou um aumento de 149% no número de pessoas pretas e pardas atuando no serviço público estadual, segundo levantamento divulgado nesta segunda-feira (8). Os dados, da Secretaria da Igualdade Racial (Seir) em parceria com a Secretaria do Planejamento e Gestão (Seplag), consideram cargos efetivos, comissionados exclusivos, estagiários e temporários, com base na autodeclaração étnico-racial dos servidores.
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O estudo comparou os períodos anterior e posterior à sanção da Lei nº 17.432, de 2021, que instituiu a reserva de vagas para candidatos negros em concursos públicos do Poder Executivo estadual.
Avanço após a lei de cotas
Segundo a titular da Seir, Zelma Madeira, o resultado representa uma conquista significativa: “A presença de pessoas pretas e pardas no governo representa a diversidade que buscamos construir, contemplando diversas vozes e consolidando um Ceará mais inclusivo. Esse cenário demonstra, também, que o Estado segue na vanguarda de leis que representam um progresso racial”, afirmou.
De acordo com o levantamento:
• Entre 2016 e 2021: havia 4.783 servidores que se autodeclararam pretos ou pardos.
• Entre 2021 e 2025, após a lei: o número saltou para 11.904 servidores.
• Apenas nos cargos comissionados, foram contabilizados 2.902 pretos ou pardos.
Medidas complementares
Além da reserva de vagas, uma iniciativa importante para aprimorar o acompanhamento das ações afirmativas foi a inclusão do campo raça/cor na ficha de ingresso no serviço público estadual.
Segundo a Seir, essa medida permitiu coletar dados mais precisos sobre o perfil étnico-racial dos servidores, garantindo um monitoramento efetivo e embasando as informações apresentadas no levantamento.
Por Aline Dantas










