O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) recomendou, na última quinta-feira (19), a retomada do horário de verão no Brasil. A medida, segundo a entidade, pode gerar uma economia de R$ 400 milhões entre outubro de 2024 e fevereiro de 2025, além de reduzir o uso de usinas termelétricas. O horário de verão, que foi extinto em 2019, se reaplicado, traria benefícios ao sistema elétrico do país.
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De acordo com estudos da ONS, a adoção da medida pode diminuir a demanda máxima por energia nos horários de pico em até 2,9%. Embora esse percentual seja considerado modesto para o setor energético brasileiro, a iniciativa contribuiria para um maior aproveitamento das fontes renováveis, como solar e eólica, reduzindo a necessidade de acionar as caras e poluentes termelétricas. As informações foram divulgadas pelo g1.
Impacto na conta de luz
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) já havia reintroduzido a bandeira vermelha no patamar 2 neste mês, elevando o custo adicional para os consumidores. Com a bandeira no nível mais alto do sistema, a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, o valor extra é de R$ 7,87. O objetivo dessa bandeira é conscientizar a população sobre o aumento do consumo de energia em períodos de crise hídrica e altas temperaturas, que impulsionam o uso de energia térmica.
A volta do horário de verão é vista como uma das alternativas para diminuir o acionamento das termelétricas, especialmente nos horários de pico. “O horário de verão é uma possibilidade real, mas não é um fato, porque tem implicações não só energéticas, mas também econômicas e sociais”, afirmou Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia. Ele destacou que a medida poderia ajudar a reduzir os custos com termelétricas, mas o impacto na vida das pessoas também precisa ser considerado.
Após as eleições
Se o horário de verão for reintroduzido, isso só deve ocorrer após as eleições deste ano. O governo ainda não tomou uma decisão final sobre o retorno da medida, mas o debate em torno do tema tem ganhado força, especialmente pela possibilidade de aliviar a pressão sobre o sistema elétrico, aproveitando mais intensamente a energia solar durante o dia.
Com a possível volta do horário de verão, o Brasil poderia otimizar o consumo de energia limpa, reduzir o acionamento de termelétricas e, consequentemente, o impacto ambiental e financeiro da geração térmica.
Por Heloísa Mendelshon