A Polícia Civil do Rio de Janeiro confirmou, nesta terça-feira (9), que a publicitária Juliana Marins, de 26 anos, morreu em decorrência de uma queda de grande altura, que provocou traumas múltiplos e hemorragia interna. A jovem, que foi encontrada sem vida na Indonésia após desaparecer durante uma trilha, teve seu corpo submetido a uma nova perícia no Brasil, a pedido da família.
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Segundo o laudo cadavérico do Instituto Médico-Legal (IML) do Rio de Janeiro, a causa imediata da morte foi uma hemorragia interna resultante de lesões em diversos órgãos e sistemas — o chamado politraumatismo — compatível com um impacto de alta energia cinética.
➡️ Sobrevida estimada após o impacto: entre 10 a 15 minutos, sem chances de locomoção ou reação.
➡️ Ferimentos atingiram: crânio, tórax, pelve, abdome, membros e coluna vertebral.
Apesar da gravidade dos ferimentos, o laudo ressalta que não foram identificadas marcas de agressões prévias, como contenção, tortura ou sinais de luta. A perícia, no entanto, observa indícios de deslocamento do corpo após o impacto, possivelmente pela inclinação do terreno.
😔 Possível sofrimento físico e psicológico antes da queda
O relatório do IML também levanta a hipótese de que Juliana tenha passado por um período agônico antes da queda fatal, com intenso sofrimento físico e psíquico:
🧬 “Pode ter havido um período agonal antes da queda fatal, gerando sofrimento físico e psíquico, com intenso estresse endócrino, metabólico e imunológico ao trauma”, diz trecho do documento.
Ainda segundo o laudo, não houve identificação de uso de drogas ilícitas, desnutrição ou fadiga extrema. Foram encontradas lesões musculares e ressecamento nos olhos, além de sinais de estresse extremo, isolamento e desorientação, que podem ter contribuído para a queda.
🔍 Corpo chegou embalsamado e com horário de morte prejudicado
De acordo com os peritos brasileiros, não foi possível determinar com precisão o horário exato da morte, devido ao estado do corpo, já embalsamado quando chegou ao Brasil. A jovem foi encontrada quatro dias após a queda na Indonésia.
Uma primeira perícia feita no país asiático indicou que Juliana morreu por politraumatismo e não sofreu hipotermia, mas não determinou com clareza quando ocorreu a queda.
📝 Família pediu nova investigação
A nova perícia foi solicitada pela família da publicitária à Justiça brasileira. O corpo, que inicialmente seria cremado, foi preservado para os exames. Além da Polícia Civil, um perito particular acompanhou os procedimentos técnicos.
Os familiares também questionaram se o óbito poderia ter sido evitado com atendimento médico imediato, mas os peritos informaram que não há elementos suficientes para afirmar se o socorro mudaria o desfecho.
Por Aline Dantas










