Um idoso de 71 anos, morador de Jari, na Região Noroeste do Rio Grande do Sul, perdeu mais de R$ 2 milhões ao longo de dois anos em um esquema de estelionato virtual conhecido como “golpe do amor”. A vítima acreditava estar em um relacionamento virtual com uma suposta investidora americana que prometia visitá-lo no Brasil, informou a Polícia Civil.
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A fraude envolvia a criação de um perfil falso em redes sociais. A quadrilha prometia enviar presentes de alto valor, como joias, sob a condição de que o idoso transferisse dinheiro para pagar supostos impostos, taxas alfandegárias e outros tributos associados a encomendas internacionais.
Prisões
Na última quarta-feira (27), seis suspeitos foram presos em cidades de São Paulo: Santo André, Guarulhos, Ferraz de Vasconcelos e Osasco. A ação foi coordenada pela Delegacia de Polícia de Tupanciretã (RS), com apoio de agentes dos estados de São Paulo e Ceará.
Durante a operação, batizada de “Dom Quixote”, a polícia apreendeu documentos, aparelhos eletrônicos, como celulares e notebooks, além de cartões bancários. Também foram bloqueados bens e valores mantidos em contas bancárias dos suspeitos. Outros sete indivíduos ligados ao esquema seguem sendo procurados.
O golpe foi descoberto após o idoso, ao perceber que havia sido vítima de uma fraude, procurar as autoridades. Segundo a Polícia Civil, as investigações identificaram ao menos 13 pessoas envolvidas na trama criminosa, que é tratada como estelionato qualificado, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
“Esse tipo de golpe aproveita-se da vulnerabilidade emocional das vítimas, muitas vezes prometendo amor e uma vida conjunta para extorquir grandes somas de dinheiro”, explicou um dos delegados responsáveis pela operação.
Força-tarefa
A operação envolveu 43 agentes de segurança: 25 do Rio Grande do Sul, 14 de São Paulo e quatro do Ceará. A Polícia Civil afirmou que as investigações continuam, com o objetivo de desarticular toda a organização criminosa.
“Esse é mais um exemplo de como as quadrilhas se modernizam e utilizam a tecnologia para cometer crimes. É essencial que as pessoas fiquem atentas a interações online que pedem dinheiro ou informações pessoais”, alertou a corporação.
Por Aline Dantas