Depois de ir sem autorização para o Centro de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, e ser retirada logo depois, a estátua do presidente Jair Bolsonaro foi vista jogada num depósito do Detran da cidade, em meio a carcaças de ferro-velho.
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Feita de metal, ela tinha sido erguida para as manifestações pró-governo de 7 de setembro, mas, diante da grande polêmica que gerou, a peça de seis metros de altura, foi removida e seria instalada em outro local. Desde então, não se tinha mais notícias sobre seu destino. O vereador Leonel Radde (PT) de Porto Alegre publicou em suas redes sociais uma foto da obra jogada no chão.
O post do parlamentar reproduz uma imagem feita por um morador do município.
“Eles tentaram instalar num local em que não tinham autorização e parece que não conseguiram licença para mudar para outro ponto. Como no Centro seria ilegal, acabou no ferro-velho” , diz Radde.
Morador de Passo fundo, o empresário Tahur Vieira foi quem compartilhou, mas disse ter recebido a foto de terceiros. De acordo com ele, a estrutura foi parar num depósito de carros do Detran da cidade, o maior da região.
“Achei engraçado porque não faz sentido a estátua ali. Talvez tenham deixado o autor da peça guardá-la para ajudar de alguma forma. Acho que essa estátua é um símbolo da vergonha dessas pessoas, que organizaram a tal homenagem. Elas são influentes na cidade e ligadas ao movimento mais conservador do Rio Grande do Sul” , afirma Tahur.
Procurado, o prefeito de Passo Fundo, Pedro Almeida, não respondeu às perguntas do jornal. Na estátua, Bolsonaro é apresentado como um guerreiro, mas faltavam detalhes para a conclusão do projeto, como uma lança. Na época, durante os protestos a favor do presidente, os manifestantes tinham improvisado uma bandeira, que foi colocada na mão da estátua.
Partidários de Bolsonaro nas redes sociais comemoraram a homenagem: “O presidente Bolsonaro já merece uma estátua em pelo menos um estado do Brasil. Ele sim, é herói”. Apesar disso, muitos moradores e comerciantes reclamaram da instalação.
Idealizador da homenagem, o advogado Jabs Paim Bandeira, presidente do Comitê pela Vida e Liberdade, admitiu, na ocasião, que não havia uma licença para manter a estátua de Bolsonaro no centro e também que temia eventual ação de vândalos. Ele disse que a intenção, depois da aparição no 7 de setembro, era adotar a imagem em um projeto itinerante de militantes bolsonaristas e transportá-la com um caminhão de guincho. Ele não foi localizado para comentar o fato de a peça ter ido parar num depósito.
Fonte: Agência O Globo