O corpo da brasileira Juliana Marins, que morreu após cair durante uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia, passou por uma nova autópsia na manhã desta quarta-feira (2), no Instituto Médico Legal Afrânio Peixoto, no Rio de Janeiro. O procedimento teve início às 8h30 e durou cerca de duas horas e meia.
Curta, siga e se inscreva nas nossas redes sociais:
Facebook | X | Instagram | YouTube | Bluesky
Sugira uma reportagem. Mande uma mensagem para o nosso WhatsApp.
Entre no canal do Revista Cariri no Telegram e veja as principais notícias do dia.
Um laudo preliminar deve ser divulgado em até 7 dias. Por volta das 11h, o corpo foi liberado para a família. O velório ocorrerá no Cemitério Parque da Colina, em Pendotiba, Niterói, mas o horário ainda não foi confirmado.
A nova perícia foi realizada por dois peritos da Polícia Civil, com a presença de um representante da família e de um legista federal. A análise também contou com o acompanhamento do professor de medicina legal Nelson Massini, contratado pela família.
❓ Família cobra respostas
A família de Juliana questiona a falta de informações detalhadas das autoridades indonésias, especialmente sobre o horário exato da morte. A Defensoria Pública da União (DPU) solicitou à Polícia Federal a instauração de inquérito para investigar o caso.
“Precisamos saber se a necropsia feita foi adequada. O hospital me pareceu não ter tantos recursos”, disse Manoel Marins, pai de Juliana, ao telejornal RJ2.
Segundo a defensora pública federal Taísa Bittencourt, a perícia nacional pode esclarecer se houve omissão no socorro à jovem. A certidão de óbito, emitida pela Embaixada do Brasil em Jacarta, baseou-se na autópsia feita em Bali, mas não informou o momento da morte.
⚰️ Primeira autópsia em Bali
A primeira autópsia foi realizada em 26 de junho no Hospital Bali Mandara, um dia após o corpo ter sido resgatado do Parque Nacional do Monte Rinjani. Segundo o médico legista Ida Bagus Putu Alit, Juliana sofreu múltiplas fraturas e lesões internas, e teria sobrevivido por menos de 20 minutos após o impacto. A hipótese de hipotermia foi descartada.
A família criticou a divulgação pública do resultado antes que os parentes tivessem acesso oficial ao laudo. “Minha família foi chamada ao hospital, mas o médico decidiu dar uma coletiva antes. É absurdo atrás de absurdo”, lamentou a irmã Mariana Marins.
✈️ Chegada ao Brasil
O corpo de Juliana chegou ao Brasil uma semana após a confirmação da morte. O traslado entre Bali e São Paulo foi feito em voo da Emirates, com chegada ao Aeroporto de Guarulhos às 17h10. De lá, a urna funerária seguiu em avião da Força Aérea Brasileira (FAB), modelo C-105, até a Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, com pouso às 19h40.
Uma prima de Juliana, que acompanhou o pai na viagem à Indonésia, esteve presente no aeroporto durante a chegada do corpo. A família aguarda os laudos nacionais para prosseguir com as ações judiciais e administrativas.
Por Heloísa Mendelshon










