As prefeituras de três cidades cearenses decidiram cancelar os festejos de Carnaval em 2020. Os gestores municipais entenderam que as verbas destinadas aos eventos do período devem ser aplicadas em investimentos nas áreas nas quais há déficits. Veja lista:
Granja
O primeiro município a anunciar o cancelamento foi Granja, ainda no dia 15 de janeiro, após as fortes chuvas que atingiram a cidade. Segundo a prefeita Amanda Aldigueri, a verba de cerca de R$ 1,2 milhão, que seria utilizada para custear o Carnaval, vai ser usada para obras de recuperação, como limpeza de córregos, rios, riachos, canais, manutenção de passagens molhadas, obra de contenção e para a reforma do mercado central do município.
Ubajara
Os moradores da cidade de Ubajara, localizada a cerca de 300 km de Fortaleza, não vão ter festa pública nos quatro dias de Carnaval. O prefeito do município, Renê Vasconcelos, anunciou o cancelamento da festa e a destinação da verba que seria utilizada, aproximadamente R$ 250 mil, para suprir necessidades da área da saúde para pessoas com deficiência.
Tianguá
No último sábado (1º), foi a vez da prefeitura de Tianguá anunciar o cancelamento. O gestor da cidade, Luiz Mendes, informou em redes sociais que o dinheiro que seria usado nos festejos serão investidos na área da saúde. “Temos vários problemas, mas o problema maior é na saúde. Nós estamos encaminhando [a verba] para fazer U.T.I no Hospital de Tianguá. Estamos encaminhando para concluir outros serviços, como a reforma no Centro de Nutrição e do Posto de saúde”, acrescentou.
Recomendação do Ministério Público
O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) também recomendou à Promotoria de Justiça da cidade de Saboeiro o cancelamento das festas de carnaval. A recomendação foi expedida no dia 30 de janeiro e a prefeitura tem até o dia 6 de fevereiro para encaminhar uma resposta. O Diário do Nordeste tentou entrar em contato com a gestão municipal, mas as ligações não foram atendidas.
A recomendação levou em conta as dificuldades financeiras do município, que inclui a ausência de pagamento dos salários de servidores e temporários, “estando muitos deles sem receber remuneração há vários meses”, disse o promotor de Justiça Alexandre Paschoal Konstantinou.
Fonte: Diário do Nordeste