Um vírus desconhecido que já infectou mais de 60 pessoas na China e causou uma morte pode estar começando a se espalhar para outros países. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma mulher chinesa que visitou a Tailândia nesta semana apresentou os sintomas diagnosticados em outros pacientes.
Segundo a CNN, a vítima de 61 anos foi identificada na segunda-feira (13) e colocada em quarentena logo em seguida. Ela viajava da cidade de Wuhan, na região central da China, onde o surto teria começado no dia 12 de dezembro.
Estima-se que cerca de 60 pessoas já tenham sido infectadas e outras 150 estejam em observação por terem tido contato com as vítimas.
Ainda não há muitas informações sobre a epidemia. Sabe-se que se trata de uma dessas sete mutações do coronavírus, que pode causar doenças respiratórias. Estudos preliminares apontam que o novo vírus é da mesma família do Sars, Síndrome Respiratória Aguda Grave. Desde 2002, das 8.098 pessoas infectadas por esse tipo de coronavírus, 774 morreram.
Sobre as formas de contágio, há a possibilidade de que ocorra pelo contato entre pessoas ou com animais. A vítima chinesa identificada na Tailândia, por exemplo, visitou mercados abertos que comercializam peixes e frutos do mar, pássaros, coelhos e até cobras. Outras vítimas também frequentaram locais semelhantes.
Vale lembrar que o Sars, por exemplo, passou para humanos a partir do contato com um animal selvagem, mais especificamente uma civeta – um tipo de guaxinim considerado iguaria na China. Já o Mers, a Síndrome Respiratória do Oriente Médio, veio dos dromedários.
O caso registrado na Tailândia acende um alerta no mundo. A preocupação se dá por conta da saída de chineses durante o feriado de Ano-Novo chinês, no dia 25 de janeiro. Aeroportos do país já estão com scanners de temperatura para identificar possíveis vítimas.
Fora da China, autoridades de saúde estão investigando o caso. Cientistas do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) classificaram a epidemia como um alerta de nível um, o mais baixo entre três possíveis e recomendou cautela nas viagens para a região chinesa.
O Itamaraty, através de seu portal online em que dá informações para viajantes que pretendem ir para a China, ainda não fez qualquer menção ao surto.
Fonte: Exame