Pela primeira vez em quase duas décadas, o número de fumantes no Brasil aumentou, interrompendo uma tendência histórica de queda. Segundo dados preliminares divulgados pelo Ministério da Saúde, a proporção de adultos fumantes nas capitais brasileiras subiu de 9,3% em 2023 para 11,6% em 2024 — um crescimento de 25% em apenas um ano.
Curta, siga e se inscreva nas nossas redes sociais:
Facebook | X | Instagram | YouTube | Bluesky
Sugira uma reportagem. Mande uma mensagem para o nosso WhatsApp.
Entre no canal do Revista Cariri no Telegram e veja as principais notícias do dia.
O resultado acendeu o alerta entre as autoridades de saúde pública, que apontam a popularização dos cigarros eletrônicos e outros produtos derivados do tabaco como possíveis causas do aumento.
😮💨 Novos hábitos, velhos riscos
O médico da família e comunidade Felipe Bruno da Cunha afirma que a elevação está diretamente ligada ao uso de cigarros eletrônicos, conhecidos como vapes, que têm conquistado principalmente o público jovem: “Eu acredito que tem muita relação direta com as novas formas associadas ao fumo. Na última década, nós vemos um aumento expressivo, principalmente por conta do cigarro eletrônico, o vape, e de outros tipos de cigarro, como o de palha. Por isso o aumento expressivo”, explica.
Os especialistas alertam que, apesar de parecerem menos nocivos, os dispositivos eletrônicos contêm nicotina e outras substâncias tóxicas, podendo causar dependência e danos pulmonares.
🌍 Tabagismo: uma pandemia global
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica o tabagismo como uma pandemia, por ser a principal causa de morte evitável no mundo, responsável por aproximadamente 8 milhões de óbitos anuais.
De acordo com o médico, mais de 50 doenças estão associadas ao cigarro, com destaque para as cardiovasculares, respiratórias e cerca de 10 tipos de câncer, incluindo o de pulmão, laringe e bexiga.
“Existem riscos inúmeros associados ao cigarro, não só a dependência química, mas também as complicações físicas”, ressalta Felipe Bruno.
🚭 Risco também para os fumantes passivos
Outro ponto preocupante é o impacto do fumo passivo — pessoas que convivem com fumantes e acabam inalando a fumaça de forma indireta.
“Aquelas pessoas que convivem com o fumante também têm risco de desenvolver doenças crônicas e câncer de pulmão. É muito importante procurar ajuda e evitar a exposição constante”, alerta o especialista.
Por Nágela Cosme










