O ministro do Turismo, Celso Sabino, oficializou nesta sexta-feira (26) seu pedido de demissão do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A saída já havia sido anunciada na semana passada, após o União Brasil impor prazo de 24 horas para que seus filiados deixassem cargos no Executivo federal.
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Segundo Sabino, ele permanecerá no ministério até a próxima quinta-feira (2), a pedido do presidente Lula, para acompanhá-lo em um evento de entrega de obras em Belém, preparatórias para a COP30, que será realizada em novembro na capital paraense.
Conversa com Lula
“Tive uma conversa hoje com o presidente da República, em virtude da decisão do partido ao qual eu sou filiado tomou, de deixar o governo, e vim hoje aqui cumprir o meu papel, entreguei ao presidente a minha carta e o meu pedido de saída do Ministério do Turismo, cumprindo a decisão do meu partido”, declarou Sabino.
Ele afirmou ainda que desejava continuar no cargo e destacou a possibilidade de um diálogo ampliado entre Lula e o União Brasil: “A minha vontade clara é continuar o trabalho que a gente vem fazendo, a gente tem um trabalho de diálogo mantido, e hoje o presidente acenou com essa possibilidade de ampliar esse diálogo junto com o partido União Brasil para gente ver quais serão as cenas dos próximos capítulos.”
Trajetória
Celso Sabino é deputado federal eleito pelo Pará e estava à frente do Turismo há dois anos. Com a saída, ele deverá reassumir seu mandato na Câmara dos Deputados.
Nos últimos dias, o ministro buscou alternativas com dirigentes e aliados para permanecer no cargo, ao menos até a COP30. Chegou a adiar a entrega da carta, alegando compromissos de agenda, mas não conseguiu reverter a decisão do partido.
União Brasil acelera desembarque
O União Brasil aprovou, em 18 de setembro, uma resolução determinando que seus filiados deixassem cargos no governo Lula em até 24 horas. A norma prevê punições disciplinares, inclusive expulsão, para quem descumprisse a decisão.
A medida foi tomada após reportagens apontarem suposta ligação do presidente nacional da legenda, Antonio de Rueda, com o Primeiro Comando da Capital (PCC) – relação negada por ele. Em nota, o partido acusou o governo federal de usar a estrutura estatal para desgastá-lo politicamente.
Apesar da determinação, os ministros Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional) e Frederico Siqueira (Comunicações) não serão afetados, já que não são filiados ao União Brasil. Ambos ocupam as pastas por indicação pessoal do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).
Por Pedro Villela, de Brasília









