A pesquisa Ipespe divulgada nesta quinta-feira (25) revela que a aprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cresceu sete pontos em dois meses, atingindo 50%. No levantamento anterior, realizado em julho, o índice era de 43%. A desaprovação, por sua vez, caiu para 48%. Desde maio, a diferença negativa de 14 pontos entre aprovação e rejeição se transformou em saldo positivo de dois pontos.
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📈 Avanço entre centro e classe média
O apoio a Lula é majoritário entre eleitores de esquerda (95%), mas também superou a desaprovação em segmentos disputados. Entre eleitores de centro, a aprovação alcançou 49%, contra 45% de rejeição. Na classe média, os índices foram de 51% a 46%. Já entre os direitistas (88%) e os mais ricos (84%), a rejeição permanece dominante.
📰 Noticiário mais positivo
O levantamento aponta também melhora na percepção sobre a cobertura da mídia em relação ao governo: 38% dos entrevistados enxergam notícias mais positivas, contra 35% que percebem negativas. Antes, os números eram de 31% e 41%, respectivamente.
O tema mais lembrado pelos eleitores durante o período de apuração, entre 19 e 22 de setembro, foi o tarifaço anunciado pelo presidente norte-americano Donald Trump. A pesquisa foi realizada antes da repercussão das manifestações contra a PEC da Blindagem e o projeto de anistia aos condenados do 8 de janeiro, bem como do discurso de Lula na ONU — ambos avaliados como positivos para a imagem do governo.
🌎 Efeitos da viagem a Nova York
A ida de Lula à Assembleia-Geral da ONU também rendeu ganhos políticos. O discurso de abertura, em defesa da soberania brasileira, foi bem recebido, e o encontro com Trump foi interpretado como um gesto de aproximação, após o presidente norte-americano afirmar ter tido boa “química” com Lula.
🏛️ Congresso em baixa
Enquanto o governo federal ganhou pontos, a Câmara dos Deputados registrou alta na desaprovação, que chegou a 70%, contra 63% em julho. Segundo o cientista político Antonio Lavareda, responsável pela pesquisa, o desgaste está ligado ao motim ocorrido no plenário em agosto e à tramitação da PEC da Blindagem, aprovada pela Câmara e rejeitada pelo Senado em seguida.
A rejeição à Câmara é maior entre eleitores de esquerda (83%), seguida por centro (73%) e direita (58%). Por faixa social, o índice chega a 78% entre os mais ricos, 74% na classe média e 64% entre os mais pobres.
O Senado apresentou leve melhora: a aprovação subiu de 25% para 26%, enquanto a desaprovação caiu de 61% para 59%.
⚖️ STF ganha apoio em meio a julgamento
O Supremo Tribunal Federal (STF) também viu melhora em sua imagem, impulsionado pela ampla cobertura do julgamento da trama golpista envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A aprovação subiu de 43% para 46%, e a desaprovação caiu de 49% para 44%.
Durante manifestações recentes, cartazes de apoio ao STF foram exibidos. O ministro Gilmar Mendes classificou as demonstrações como prova da “força do povo brasileiro na defesa da democracia”, reforçando que não há espaço para rupturas ou retrocessos.
📌 Metodologia
A pesquisa Ipespe ouviu 2.500 eleitores com 16 anos ou mais, entre os dias 19 e 22 de setembro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas e online. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, em um intervalo de confiança de 95,45%.
Por Aline Dantas









